No dia 20 de agosto, Geovana Costa Martins, de 20 anos, foi encontrada morta, com sinais de espancamento, no bairro Tarumã, na zona oeste de Manaus. A principal suspeita do crime é Kamila Barroso, patroa da vítima, que foi presa no dia 28.
Informações iniciais apontaram que Geovana trabalhava como babá para Kamila. Porém, em coletiva de imprensa realizada na última quinta-feira (29), a delegada Marília Campello revelou que a patroa mantinha a vítima em cárcere privado e a explorava sexualmente.
Segundo a delegada, a suspeita aliciou a babá para que ela morasse na sua casa, que funcionava como ponto de prostituição. Em determinado momento, passou a obrigar a jovem a ficar lá e fazer programas sexuais, além de proibi-la de ter contato com outras pessoas.
Conforme as autoridades, Kamila dizia que era ex-esposa de Mano Kaio, líder do tráfico de drogas do Amazonas, e ameaçava contratar traficantes para quebrar as pernas da vítima, caso ela tentasse sair da casa.
Além de Kamila, a polícia apontou a participação de outra pessoa no homicídio, identificado como Eduardo Gomes da Silva, que permanece foragido.
De acordo com a delegada, Geovana foi encontrada com sinais de espancamento no rosto e morreu em decorrência de um traumatismo craniano. Não se sabe ao certo a motivação do crime, mas a investigação apurou que a vítima havia emitido um passaporte, em junho deste ano, o que pode estar relacionado ao ocorrido.
Na ocasião da prisão, Kamila havia deixado a casa onde residia e tinha passagens compradas para ir à França, onde alguns de seus familiares moram.
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Por Isabel Bergamin Neves
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