Por Mai Moreira
Nicholas Dominici, um bebê de 1 ano, morreu por overdose de fentanil em Nova York, no dia 15 de setembro. A polícia americana acredita que ele teve contato com a droga por meio do tapete de cochilo utilizado no centro para crianças Divino Niño, onde o bebê ficava durante o dia.
Nicholas e outras três crianças, entre 8 meses e 2 anos, tiveram contato com o narcótico no centro para crianças, mas apenas Nicholas veio a falecer. As demais crianças foram encontradas inconscientes e levadas ao hospital.
A dona do centro Divino Niño – que operava em um apartamento localizado no bairro do Bronx –, Grei Mendez, e o seu inquilino, Carlisto Acevedo Brito, foram identificados como suspeitos por conspiração e assassinato.
Durante as inspeções policiais, foi encontrado um quilo de fentanil armazenado abaixo dos tapetes de cochilo utilizados pelas crianças, além de uma prensa para drogas que estava guardada no quarto alugado por Carlisto.
Segundo a defesa de Mendez, a mulher entrou em pânico ao encontrar as crianças doentes e ligou para a polícia segundos depois de falar com o marido. Os suspeitos foram levados pela polícia, que segue com as investigações.
O fentanil é um opióide sintético atestado pelo Food and Drug Administration (FDA), órgão do governo americano que controla alimentos e remédios, como um anestésico para uso médico. De acordo com um estudo publicado no International Journal of Drug Policy, mais de 80% dos usuários de drogas em Nova York usam fentanil.
Segundo o Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), agência americana de pesquisa em saúde pública ligada ao Departamento de Saúde, mais de 110 mil pessoas morreram por overdose de drogas nos Estados Unidos em 2022. Dessas mortes, 75 mil foram provocadas por fentanil.