Por Mai Moreira
MDennis Rader, também conhecido como BTK, um dos serial killers mais conhecidos dos Estados Unidos, preso desde 2005 por cometer dez assassinatos, está novamente sob investigação, sendo suspeito pela morte e pelo desaparecimento de duas pessoas.
Segundo o xerife Eddie Virden, em dezembro do ano passado BTK tornou-se o principal suspeito pelo desaparecimento de Cynthia Kinney, uma líder de torcida de 16 anos que está desaparecida desde 1976.
Cynthia trabalhava em uma lavanderia em Pawhuska, Oklahoma. As autoridades descobriram que, na época do crime, a empresa de segurança em que BTK trabalhava estava instalando novos alarmes em um banco em frente à lavanderia, local onde a vítima foi vista pela última vez.
O xerife Eddie Virden ainda não conseguiu confirmar se era BTK quem estava realizando o trabalho no banco, mas em um de seus diários, nos quais o assassino detalha seus crimes, o suspeito escreveu: “Dia ruim para lavar roupa”.
Além do caso de Cynthia, o criminoso também é o principal suspeito pela morte de Shawna Beth Garber, de 22 anos. O seu corpo foi encontrado em dezembro de 1990 no condado de McDonald, Missouri, sendo identificado apenas em 2021.
A autópsia revelou que Shawna foi estuprada, estrangulada e amarrada dois meses antes de seu corpo ser encontrado. O modus operandi chamou atenção por ser muito semelhante ao utilizado por BTK.
O xerife responsável pelo caso, Rob Evenson, conta que BTK negou qualquer envolvimento na morte de Shawna.
No dia 22 de agosto, foram realizadas novas buscas na casa de BTK em Park City. A polícia comunicou que encontrou “itens de interesse” no local e que esses itens passarão por exames minuciosos. Em abril de 2023, outros objetos também foram encontrados na casa do criminoso, como um pedaço de meia-calça velha e rasgada.
A filha do assassino, Kerri Rawson, contou ao jornal Wichita Eagle que está colaborando com os investigadores e que se encontrou com o pai depois de muitos anos. “Ainda não tenho 100% de certeza de que meu pai cometeu mais crimes”, afirmou ela. “Se meu pai machucou outra pessoa, precisamos de respostas.”
Dennis Rader passou a ser chamado de BTK porque era assim que assinava as suas cartas enviadas à polícia. A sigla significa “amarrar, torturar e matar”, na tradução em português. BTK recebeu a sentença de prisão perpétua por cada crime que cometeu.