Pesquisar
imagem ilustra a vítima

No dia 10 de novembro, a cantora trans Santrosa, de 27 anos, foi encontrada morta em uma região de mata do município de Sinop, no Mato Grosso. Ela estava com as mãos e os pés amarrados e a cabeça decapitada.

Além de cantora, Santrosa era suplente de vereadora da cidade, tendo se candidatado nas últimas eleições pelo PSDB e recebido 121 votos válidos. As pautas que defendia eram voltadas, sobretudo, para o acesso das comunidades periféricas de Sinop à cultura.

Ela foi vista pela última vez por volta das 11h da manhã do dia 09, antes de sair de casa. Seu desaparecimento foi registrado por familiares no mesmo dia, depois que ela não compareceu ao show que faria à noite.

Até o momento, não foram divulgadas informações sobre possíveis suspeitos nem de prisões efetuadas.

Embora a Polícia Civil não tenha oficialmente revelado possíveis motivações, Carlos Avallone, deputado estadual e presidente do PSDB em Mato Grosso, associou o assassinato ao crime organizado, afirmando que a vítima enfrentava as facções da região onde vivia.

O local de encontro do corpo foi analisado pela Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec), e o caso segue em investigação, conduzida pela Polícia Civil.

Em nota, a Associação da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Mato Grosso afirmou que irá cobrar as autoridades competentes, para que apurem os responsáveis pelo crime contra Santrosa. O Brasil é o país que mais mata pessoas trans no mundo, ocupando esse lugar há mais de uma década. 

Denúncias de crimes contra a população trans podem ser feitas pelo Disque 100, que se refere a violações de direitos humanos, ou pelo Disque 180, referente a crimes de violência contra mulheres. 

____________________________

Por Isabel Bergamin Neves
Contato: investigacao@medialand.com.br

Compartilhe:

Notícias relacionadas