Por Mai Moreira
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O corpo de Keiner Geremias Caraballo Marcano, de 6 anos, desaparecido desde o dia 27 de janeiro, foi encontrado em estado de decomposição na rua Ipê Roxo, na região de Parelheiros, na zona sul de São Paulo, no dia 31 de janeiro. O cadáver estava cortado e queimado.
O tio da criança, responsável pela criação e detentor da guarda do menino, prestou depoimento à polícia no dia 29, afirmando que, antes de desaparecer, Keiner estaria brincando com outras crianças em um campo de futebol perto da casa onde morava.
Por volta das 16h, a avó do menino, Carmem Marcano, foi procurá-lo e não o encontrou. Segundo ela, havia muita gente no local, e a pessoa responsável pela administração do campo informou que Keiner havia saído com um rapaz que se identificou como irmão dele.
O tio do menino disse que, no dia do desaparecimento, chegou do trabalho às 17h e aguardou pelo sobrinho até às 20h. Após esse horário, o homem procurou ajuda e alertou os vizinhos sobre o sumiço.
O corpo do menino foi localizado com a ajuda do Canil da Guarda Civil Metropolitana (GCM); as cadelas realizaram buscas na área até localizarem odores cadavéricos. O cadáver foi identificado pela família por volta das 14h e, posteriormente, encaminhado para a realização de exames periciais, a fim de se identificar a causa da morte.
Foram encaminhadas ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) duas testemunhas. O departamento informou que “demais detalhes serão preservados para garantir autonomia aos trabalhos policiais”.
Também foi entregue à polícia imagens de câmeras de segurança que registraram a família da vítima colocando um saco preto dentro de um carro. Porém, o tio do menino disse aos agentes que o material do saco consistia em instrumentos de pesca. Após averiguações, o DHPP pediu a prisão temporária de Isaac José e do companheiro dele, Leonardo David Santos Silva.
Em entrevista ao programa Cidade Alerta, Leonardo David alegou que a criança desapareceu no dia 26, e não no 27, e disse que o namorado tinha o hábito de agredir o sobrinho.
Keiner vivia no Brasil há dois anos, tendo se mudado com a avó para o país. O menino morava com a avó e o tio em uma casa localizada nos fundos do terreno de uma escola, da qual Isaac José era caseiro. A mãe da criança vive no estado do Amazonas.
As investigações continuam, com o objetivo de apurar a autoria, o modus operandi e a real motivação do crime. A causa da morte será esclarecida pelo exame necroscópico.