Defesa de suposto assassino em série alega tortura policial

Imagem ilustra a suspeito

No dia 15 de julho, a polícia do Quênia divulgou a prisão de Collins Jumaisi Khalusha, de 33 anos, acusado de ser o assassino em série que matou 42 mulheres e despejou os corpos em um lixão em Nairóbi, capital do país.

A prisão do suspeito foi resultado de uma ação iniciada no dia 12 de julho, que descobriu nove corpos mutilados no lixão. Desde então, a população local vinha protestando contra as autoridades, pelo fato de os assassinatos terem passado despercebidos por tanto tempo. As mortes estavam ocorrendo desde 2022, e o local onde os corpos foram encontrados fica a menos de 100 metros de uma delegacia de polícia.

Dois dias antes do anúncio da prisão, o órgão independente de controle da polícia havia anunciado que iria investigar se a corporação tem envolvimento nas mortes.

A captura de Collins ocorreu no dia 14, enquanto ele assistia à final da Eurocopa em um bar. Segundo as autoridades, ele estava lá para atrair uma nova vítima. A polícia relatou que, após a prisão, o suspeito levou os agentes até a sua casa, que fica próxima ao lixão, onde foram encontrados 10 celulares, um laptop, documentos de identidade, roupas femininas e um machado, que seria usado para esquartejar os corpos.

Ainda de acordo com a polícia, o suspeito teria confessado que a sua primeira vítima foi a própria esposa. Depois dela, ele teria matado outras 41 mulheres, de idades entre 18 e 30 anos, cometendo todos os crimes da mesma forma.

Em audiência, o advogado de Collins, John Maina, alegou que o seu cliente foi torturado pela polícia para confessar os assassinatos. Maina relatou que, quando se encontrou com o suspeito, ele estava angustiado e aterrorizado, revelando que havia sido estrangulado por agentes policiais, a ponto de precisar ser levado ao hospital para atendimento de urgência. Collins, por sua vez, permaneceu em silêncio durante a audiência.

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Por Isabel Bergamin Neves
Contato: maimoreira@newsic.com.br

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