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Imagem ilustra os ferimentos das vítimas

Por Mai Moreira
Contato – maimoreira@newsic.com.br

A Polícia Civil cumpriu o mandado de prisão preventiva da dentista Hellen Kacia Matias da Silva no dia 30 de janeiro, após a profissional deformar o rosto de pacientes ao realizar cirurgias estéticas proibidas pelo Conselho Federal de Odontologia, em Goiânia. 

Em 2023, a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) recebeu denúncias de que Hellen e outros três médicos estavam exercendo ilegalmente a medicina, dando início à investigação. 

Hellen e uma clínica estética foram condenadas, em abril de 2023, a pagar R$ 10 mil em uma indenização por danos morais a uma paciente que teve o nariz deformado após realizar uma rinomodelação com a dentista.

Em novembro do mesmo ano, a polícia cumpriu um mandado de busca e apreensão na clínica da profissional e apreendeu celulares, prontuários médicos e outros materiais. Foram coletadas evidências das consequências desastrosas das cirurgias estéticas realizadas pela mulher. 

Entre os procedimentos realizados de forma ilegal estão: a alectomia (redução do nariz); a retirada de pele excessiva dos olhos (blefaroplastia); a lipo de papada (face lifting); entre outros.

A Polícia Civil permitiu a divulgação da imagem e do nome da dentista, visando a que outras vítimas procurem a delegacia para denunciar os crimes. De acordo com a delegada Débora Melo, responsável pela investigação, os procedimentos estéticos feitos por Hellen eram anunciados nas redes sociais por valores abaixo do mercado. Ela possui um perfil com mais de 650 mil seguidores.

O registro profissional da suspeita continua ativo em Goiás e, no site da entidade, é possível verificar que a mulher é cirurgiã-dentista com especialidade em harmonização orofacial. O Conselho Regional de Odontologia (CRO-GO), por meio de nota, alegou que “medidas administrativas pertinentes estão sendo tomadas, obedecendo o devido sigilo aplicável ao caso”.

A defesa da dentista não quis se manifestar e anunciou que só irá se pronunciar quando obtiver acesso aos autos do inquérito policial.

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