Por Mai Moreira
Contato – maimoreira@newsic.com.br
Marcio de Oliveira Barreto, um professor de jiu-jítsu de 53 anos, foi preso no dia 29 de janeiro, suspeito de espancar e torturar durante 6 horas, dentro de seu carro, Adriana Freitas Barreto, sua ex-mulher, de 48 anos. A vítima conseguiu escapar ao se jogar do veículo em movimento, sendo socorrida por um frentista.
Policiais da 27ª Delegacia de Polícia de Vicente de Carvalho localizaram o suspeito em uma residência na cidade de Quintino, no Rio de Janeiro. Marcio foi preso preventivamente, enquadrado na Lei Maria da Penha, e indiciado pelos crimes de lesão corporal, tentativa de estupro, sequestro e descumprimento de medida protetiva.
A vítima e o suspeito foram casados por 25 anos, tendo dois filhos, e estão separados há 1 ano e meio. Em maio de 2023, Adriana recebeu uma medida protetiva contra o ex, após ele invadir o apartamento dela, roubar o celular dela duas vezes e tentar espancá-la.
Na madrugada do dia 26 de janeiro, a vítima foi a uma festa de amigos em comum com o suspeito, em Vicente de Carvalho, na zona norte do Rio de Janeiro. Assim que notou a presença do ex, ela pediu que amigos buscassem-na e a levassem embora.
Porém, em determinado momento, Marcio tomou o celular da vítima e a conduziu para longe da festa, dizendo aos amigos que estranharam a movimentação que ele gostaria apenas de conversar com a mulher. Entretanto, ao se afastarem, o comportamento do suspeito mudou. De acordo com o relato da vítima, ele a levou para uma curva, a jogou no chão e começou a agredi-la com chutes e pontapés.
Adriana ainda alegou que, por volta da meia-noite, o homem a colocou dentro do carro, onde ela sofreu tortura psicológica, enforcamentos, mordidas, torções de dedos e do punho e puxões de cabelo. Em seguida, a mulher foi levada para a Região Serrana, perto de um motel em Teresópolis, onde o suspeito tentou estuprá-la.
A vítima alega que conseguiu escapar porque o agressor decidiu abastecer o carro em um posto em Belford Roxo, por volta das 6h do dia 27. Ela aproveitou que o veículo estava desacelerando, abriu a porta e se jogou no asfalto, gritando por socorro e sendo acudida por um frentista.
Adriana afirma ter medo de sofrer novas agressões, visto que o ex é seu vizinho de condomínio. Além disso, diz temer pelo estado psicológico e emocional dos filhos do casal, que têm 16 e 20 anos.