Por Mai Moreira
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A estudante Sarah Silva Domingues, de 28 anos, foi morta por disparos de arma de fogo no dia 23 de janeiro, enquanto registrava os efeitos da recente tempestade para o seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), na Ilha das Flores, em Porto Alegre. Um homem, de 53 anos, também foi morto no local.
A principal hipótese da Polícia Civil é de que Sarah tenha sido morta por engano. Segundo o relato dos vizinhos, os disparos foram efetuados por dois homens, às 19h24min, na rua do Pescador, atingindo Sarah e Valdir dos Santos Pereira, dono de um mercado da região, apontado como o principal alvo dos disparos. Valdir foi morto dentro de seu estabelecimento, e Sarah, em frente ao local; ambos morreram na hora.
Valdir possuía antecedentes criminais por porte ilegal de arma e ameaça. A esposa dele estava nos fundos do local e conseguiu sobreviver. Ela disse ao 9º Batalhão de Polícia Militar que o marido não tinha desavenças ou inimizades que pudessem motivar o crime.
De acordo com a investigação, as vítimas não se conheciam e não possuíam qualquer ligação. O crime foi registrado por uma câmera de segurança. Nas imagens, é possível verificar que a ação ocorreu em 20 segundos, com ao menos 18 disparos efetuados por uma pistola calibre 9 milímetros, de uso restrito. Os criminosos conseguiram fugir.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, que notificou que não passará outras informações sobre a investigação a fim de não atrapalhar o trabalho dos agentes. A identidade dos autores e a motivação do crime ainda são desconhecidas.
Sarah era estudante de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Por meio de nota, a instituição lamentou a morte da aluna: “A Administração Central da Universidade expressa solidariedade aos familiares, amigos e colegas de Sarah”.