Mais de dois meses depois do desaparecimento de Beidy Eleotério Gonçalves, uma mulher trans de 27 anos, exames de DNA confirmaram, no dia 08 de novembro, que o cadáver encontrado carbonizado na cidade de Guaçuí, no sul do Espírito Santo, é dela.
Beidy desapareceu no dia 02 de setembro. No início da noite, ela saiu da casa onde morava com a família, na cidade de Alegre, também no Espírito Santo, e levou consigo apenas os documentos, deixando o celular em seu quarto.
Às 19h56, câmeras de segurança a filmaram andando por uma rua do bairro Vila do Sul e, depois disso, ela não foi mais vista.
No dia seguinte, 03 de setembro, um corpo carbonizado foi encontrado na região de São Felipe, zona rural de Guaçuí, cidade vizinha de Alegre.
A partir de exames de DNA realizados com familiares de Beidy, foi possível confirmar que o cadáver era dela.
Segundo o laudo da Polícia Científica, a morte da vítima ocorreu em decorrência das queimaduras, não havendo sinais de agressão ou de perfuração no corpo.
Com a identificação do cadáver, o caso, que até então era investigado como desaparecimento, passa a ser investigado como homicídio, ficando a cargo da Delegacia de Guaçuí.
Até o momento, não há informações sobre a motivação ou a autoria do assassinato.
Denúncias de crimes contra a população trans podem ser feitas pelo Disque 100, que se refere a violações de direitos humanos, ou pelo Disque 180, referente a crimes de violência contra mulheres.
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Por Isabel Bergamin Neves
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