A Polícia Civil e a advogada da família da vítima, Rosemere Oliveira, confirmaram que o corpo encontrado em um matagal na cidade de Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia, é de Douglas José de Jesus, que desapareceu em março deste ano junto com a esposa, Fábia Cristina Santos. A identidade do homem foi confirmada por meio do DNA dos filhos do casal.
Segundo a advogada, a liberação do corpo de Douglas ocorreu na noite do dia 10 de maio, no Instituto Médico Legal (IML), e o seu enterro aconteceu no dia 11. A advogada também informou que Douglas tirou a própria vida.
O cadáver do homem foi descoberto próximo ao local onde foi encontrado o corpo de Fábia. Ambos estavam em estado avançado de decomposição. O casal, residente em Goianira, Região Metropolitana de Goiânia, desapareceu em 09 de março, após sair para a Missa de Sétimo Dia do pai da mulher, em Quirinópolis. Embora a viagem de 03h30 tenha sido planejada, o casal não foi mais avistado com vida.
Imagens de câmeras de segurança de um posto de gasolina em Goiânia mostram o casal em um veículo Ford Fiesta preto, chegando ao local e partindo. O registro indica que eles chegaram ao posto às 13h49 e saíram às 13h54. Pouco depois, às 14h18, o carro foi flagrado por um radar, excedendo o limite de velocidade. Às 14h27, Fábia enviou uma mensagem para o filho pedindo ajuda.
O corpo da mulher foi encontrado em 22 de abril, dentro do carro do casal, em uma área rural em Trindade. De acordo com a polícia, o cadáver apresentava sinais de violência. Suspeita-se que ela tenha sido morta no mesmo dia do desaparecimento, dadas as condições avançadas de decomposição.
As autoridades policiais suspeitam que Douglas tenha matado a esposa, ocultado o cadáver e fugido, principalmente devido às evidências de violência doméstica. Além da morte da esposa, o homem era investigado pelo homicídio de duas pessoas em Quirinópolis, cometido em 1996.
No dia 02 de maio, a Polícia Civil realizou 21 mandados de busca e apreensão relacionados ao caso, em Quirinópolis, Paranaiguara, Presidente Prudente (SP) e Cuiabá (MT). Durante a operação, um homem foi preso em Goiás por posse ilegal de arma de fogo.
A investigação revelou que Douglas usava o nome falso de Wander José da Silva há quase 30 anos, conseguindo escapar da polícia desde 1996. A delegada responsável pelo caso, Carla de Bem, explicou que o nome utilizado era de um irmão mais novo do suspeito.
“Os dois documentos [de identidade] são materialmente verdadeiros, porque o primeiro ele tirou quando criança, sem coleta de impressões papilares, só com a foto e a assinatura dele ainda bem infantil, e o segundo ele volta e faz um novo documento ‘quente’. Ele colhe impressões papilares dele no nome de Wander”, explicou a delegada.
De acordo com a polícia, em 2016 o suspeito foi conduzido à Central de Flagrantes, porém foi liberado, visto que suas impressões digitais corresponderam ao nome de Wander, em virtude do registro realizado no documento.
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Por Mai Moreira
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