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Imagem ilustra os prédios em chamas.

Por Cláudia Nakazato

Shinji Aoba, de 45 anos, confessou que provocou o incêndio fatal no estúdio da Kyoto Animation, em julho de 2019, no Japão. O crime matou 36 pessoas e deixou outras 32 feridas. 

O homem já era dado como suspeito do caso. Ele foi detido logo após o incêndio e, desde então, estava preso preventivamente. 

O julgamento teve início na terça-feira, 5 de setembro, por cinco acusações: assassinato, tentativa de assassinato, incêndio criminal, violação de propriedade e violação da lei de controle de armas. 

Apesar da confissão do crime, os advogados do homem insistiram em sua inocência, alegando problemas psiquiátricos. 

Segundo a agência japonesa de notícias, Jiji Press, Shinji Aoba, que compareceu ao Tribunal de Quioto em uma cadeira de rodas, confessou o crime e declarou não achar que tantas pessoas morreriam e que foi longe demais. 

O homem quase morreu em consequência das queimaduras do incêndio que teria provocado, e teve mais de 90% da pele queimada. De acordo com o médico responsável pelo seu atendimento, Aoba passou por 12 cirurgias de recuperação e permaneceu várias semanas em coma no hospital. 

Em dezembro de 2020, Shinji foi declarado “mentalmente apto” para ser julgado e foi indiciado oficialmente, acusado de entrar no edifício dos estúdios de forma ilegal, espalhar gasolina no térreo e atear fogo.

No dia do incêndio, cerca de 70 pessoas trabalhavam no local quando, por volta de 10h30, no horário local, o homem teria entrado no imóvel de três andares, jogado líquido inflamável e ateado fogo. Cerca de 40 caminhões de bombeiros foram acionados para conter as chamas. 

O crime não teve sua motivação determinada, mas uma hipótese citada anteriormente dizia que Aoba teria acusado o estúdio de roubar seu trabalho, prática que é negada pela Kyoto Animation.

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