Por Mai Moreira
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Lucas Maia de Oliveira, de 36 anos, foi encontrado morto e amarrado a uma cama no apartamento onde morava, no prédio Celebration Garibaldi, localizado no Rio Vermelho, em Salvador, no dia 25 de novembro.
O corpo não possuía marcas de tiros e de violência, e estava em estado de gigantismo, ou seja, o processo de decomposição já havia iniciado. O imóvel estava revirado, com móveis quebrados e pó de café espalhado pelo chão da sala.
O cachorro da vítima estava preso na varanda, e um martelo quebrado foi identificado no quarto, porém não há confirmação de que o objeto tenha sido utilizado no crime.
A vítima foi encontrada após o seu primo conseguir a chave do apartamento com uma diarista. Lucas estava sem responder aos familiares, que estranharam o sumiço e recorreram à polícia, tendo sido orientados a procurá-lo em seu apartamento e em hospitais.
Segundo informações divulgadas pela reportagem da Rede Bahia, Lucas teria chegado ao apartamento, acompanhado pelo suspeito, por volta de 13h do dia 23 de novembro. Às 21h, um vizinho teria ouvido um pedido de socorro vindo do apartamento e avisou a portaria.
O porteiro foi ao local, porém escutou apenas o barulho do ventilador e não conseguiu contato com ninguém. O homem não acionou a polícia.
Nas imagens de câmera de segurança, que estão sendo analisadas pela polícia, o suspeito é visto saindo do apartamento da vítima. Ele usou as escadas para descer do 10° ao 8° andar, onde chamou o elevador. O homem também é visto na garagem e deixa o local por volta das 2h, no carro da vítima.
Em testemunho, amigos de Lucas relataram que ele tinha o costume de compartilhar as fotos das pessoas com quem saia, visto que há cerca de um ano havia sido vítima do golpe “boa noite, Cinderela”. As fotos mais recentes enviadas por Lucas foram encaminhadas à polícia a fim de auxiliarem na investigação.
Pertences da vítima, como um notebook, um celular, dinheiro, roupas e o carro, foram levados pelo suspeito. O carro foi localizado na região da avenida Vasco da Gama, a cerca de 2,5 quilômetros do edifício onde Lucas morava.
O caso está sendo investigado pela 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico). A Polícia Civil informou que os laudos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) irão esclarecer a causa da morte.