Anderson Luiz Mendonça do Amaral, de 43 anos, foi encontrado morto e esquartejado em uma casa abandonada na zona leste de São Paulo no dia 04 de junho. O principal suspeito pelo crime, Raimundo Santos Gonçalves, conhecido como “Bahia”, foi preso três dias depois.
O crime foi descoberto após uma denúncia feita à Polícia Militar no fim da noite do dia 03. O advogado Rafael telefonou para as autoridades, dizendo: “Estão cortando o meu compadre”, indicando o nome da vítima, a localização do crime e, ainda, citando Bahia como provável autor.
No dia seguinte, autoridades foram ao endereço indicado, uma casa praticamente abandonada, frequentada por usuários de drogas. No local, os agentes encontraram o corpo esquartejado da vítima, divido em três sacos de lixo. O saco contendo o tronco estava em frente à casa, próximo ao portão, e os outros dois sacos, com a cabeça, as pernas e os braços, estavam no interior do imóvel, em meio a entulhos, cachimbos de crack e pinos de cocaína.
Segundo moradores da região, a vítima e o suspeito eram vistos frequentemente pela vizinhança. Raimundo foi localizado e preso, confessando o crime ao prestar depoimento. Ele afirmou que esquartejou a vítima ainda viva, e alegou que foi motivado por uma desavença provocada por ciúmes.
As investigações apontaram que o crime foi cometido pelo menos um dia antes do encontro do corpo. Segundo os agentes, o suspeito desacordou a vítima com um golpe e, então, esquartejou o corpo utilizando facas, as quais foram localizadas e apreendidas. O plano de Raimundo era se desfazer dos sacos aos poucos, colocando-os para fora da casa.
As partes do corpo encontradas foram encaminhadas para passar por exames, a fim de se comprovar se todas pertencem de fato à mesma pessoa. Foi identificada uma tatuagem no tronco, que deve ajudar na conclusão da identidade. Além disso, as investigações buscam esclarecer o envolvimento do advogado que realizou a denúncia com o caso.
O suspeito foi indiciado por destruição e ocultação de cadáver e homicídio. A vítima, por sua vez, possuía duas passagens pela polícia, por homicídio e roubo, estando no regime semiaberto desde 2018.
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Por Isabel Bergamin Neves
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