Omar Bin Omran, desaparecido há 26 anos, foi encontrado vivo no estábulo de um vizinho em uma aldeia na província de Djelfa, a cerca de 300 quilômetros de Argel, capital da Argélia. O caso foi descoberto no dia 12 de maio, e a vítima estava a 200 metros da casa onde sua família vivia.
Desaparecido quando tinha 17 anos, durante a Guerra Civil Argelina, na década de 1990, Omar, agora com 45 anos, foi localizado após uma denúncia nas redes sociais feita pelo irmão do sequestrador, que expôs a situação motivado por uma disputa de herança. A denúncia levou à investigação que culminou na descoberta da vítima.
As autoridades confirmaram a prisão de um homem de 61 anos, funcionário público e identificado pelas iniciais BA, suspeito de sequestrar Omar. “Após este relato, o procurador-geral ordenou a abertura de uma investigação aprofundada, e os agentes foram à casa em questão”, afirmou um oficial da Justiça, “No dia 12 de maio, às 20h, horário local, a vítima Omar Bin Omran foi encontrada no porão de seu vizinho, BA, de 61 anos”. O suspeito tentou fugir, mas foi contido e preso.
A família de Omran temia que ele estivesse entre os milhares de mortos e desaparecidos deixados pela Guerra Civil. Segundo a vítima, ele ocasionalmente via seus familiares do cativeiro, mas não conseguia pedir ajuda porque o sequestrador o convenceu de que estava sob “um feitiço”. Omar também soube da morte de sua mãe, em 2013, ao observar os familiares pela janela.
A imprensa local destacou que a mãe de Omran morreu sem saber que o filho estava vivo. Após a prisão do suspeito, a família da vítima lembrou que, após o desaparecimento do adolescente, o cachorro dele costumava esperar na porta do vizinho, até que também desapareceu, pouco tempo depois.
Omar Bin Omran está recebendo cuidados médicos e psicológicos, enquanto a investigação continua em andamento, a fim de esclarecer as motivações e demais circunstâncias do crime.
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Por Mai Moreira
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