Homem é suspeito de torturar de forma brutal a namorada por sete dias

Imagem ilustra a vítima e o suspeito.

Por Mai Moreira

Samuel Góes, de 27 anos, foi preso no dia 19 de outubro, suspeito de torturar por sete dias a namorada de 17 anos, que não teve a identidade revelada, dentro de uma quitinete no bairro Moreninhas, em Campo Grande (MS). 

A vítima foi encontrada após o suspeito deixar a chave do imóvel com o administrador do residencial, informando que sairia da cidade a fim de visitar familiares em Sidrolândia. O administrador foi até o local junto a outro homem, e os dois encontraram a menina sentada no sofá, aparentemente dopada. 

A adolescente apresentava queimaduras, ferimentos no rosto e o cabelo cortado. Ela foi queimada com ferro e água quente, e o agressor também tentou eletrocutá-la embaixo do chuveiro, obrigou ela a tomar açaí com urina e utilizou uma panela de pressão para golpeá-la. 

As partes íntimas da jovem também apresentavam ferimentos. Os seios da adolescente foram cortados e acredita-se que uma faca tenha sido introduzida na vítima, causando uma hemorragia. 

Na residência, a polícia encontrou comprimidos de clonazepam (Rivotril), utilizados para dopar a vítima, além da faca utilizada para cortar o cabelo da jovem e uma outra faca com a ponta queimada. As apurações preliminares indicam que as agressões iniciaram após uma crise de ciúme. 

A jovem foi socorrida por familiares, que a levaram à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Joel Rodrigues da Rocha. A Polícia Militar (PM) foi acionada pela família e, depois do atendimento médico, a jovem foi conduzida à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). Após prestar depoimento, a vítima foi encaminhada para a Santa Casa de Campo Grande para realizar exames.

De acordo com a delegada Analu Lacerda Ferraz, o caso foi registrado como tentativa de feminicídio, tortura, sequestro e cárcere privado. O suspeito preferiu ficar em silêncio durante o interrogatório e estava acompanhado de um advogado contratado pela família. 

O irmão do suspeito, o policial militar Marcelo Góes, afirma que Samuel possui esquizofrenia e é usuário de drogas. O advogado do suspeito apresentou às autoridades um laudo sobre a saúde mental do jovem. 

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