Gilberto Ferraz de Sena Júnior, de 59 anos, foi encontrado morto em um apartamento alugado por aplicativo situado no bairro Jockey de Itaparica, em Vila Velha (ES), no dia 18 de fevereiro. O corpo foi localizado pela proprietária do imóvel, que acionou a Polícia Militar.
A mulher entrou no local para fazer o check-out, conferir se algum pertence havia sido esquecido e fazer a limpeza, quando encontrou a vítima. Ela desconfiou que o homem estivesse passando mal, por isso entrou em contato com a locatária e foi informada de que voltariam para buscar a vítima, porém isso não ocorreu.
Gilberto foi encontrado sem camisa e com hematomas na boca, no braço esquerdo e no tórax, além de uma perfuração na barriga.
A dona do imóvel informou à polícia que havia alugado o local para o período do final de semana para três pessoas. Porém, no dia do check-in, chegaram quatro pessoas, além da vítima, que chegou posteriormente sozinha, em um carro separado.
De acordo com a investigação da Polícia Civil, Gilberto teria pago por um encontro com um dos suspeitos, porém houve um desentendimento quanto ao valor acordado. Acredita-se que essa desavença tenha motivado o crime.
Cinco pessoas são suspeitas pela morte do homem, sendo elas: Simão Pedro de Novaes Brito, de 22 anos; Samuel Novaes Brito, de 20 anos; uma mulher de 25 anos, natural de Joinville (SC); um jovem de 20 anos, natural de Brasília; e um jovem de 21 anos, natural do Espírito Santo.
Segundo o chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, Tarik Souki, o grupo criminoso já era investigado por aplicar golpes em todo o país. Dois suspeitos foram detidos pela polícia no dia 22 de fevereiro, sendo eles os irmãos Simão e Samuel. Os outros três estão foragidos.
A investigação apurou que a estratégia dos criminosos era oferecer serviços sexuais por um valor muito baixo e, após o ato, aumentar o preço sem o consentimento da vítima, que era coagida a pagar pelo acréscimo.
Souki informou que os suspeitos notaram que a vítima chegou ao local em um carro de luxo, o que despertou a atenção deles. De acordo com o delegado, o programa foi inicialmente acordado em R$ 100. Enquanto a vítima e um dos criminosos estavam no apartamento, os demais esperavam na rua.
Ao término do programa, os suspeitos adentraram o imóvel e disseram que a vítima deveria pagar R$ 1 mil. Uma discussão foi iniciada, e os suspeitos amarraram, amordaçaram, torturaram, espancaram, queimaram com ferro e deram choques em Gilberto.
O corpo da vítima foi encaminhado ao Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, para ser necropsiado e liberado para os familiares. O caso segue em investigação, e diligências estão sendo realizadas a fim de capturar os demais suspeitos pelo crime.
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Por Mai Moreira
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