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Imagem ilustra procurado pela Interpol

Por Mai Moreira
Contato – maimoreira@newsic.com.br

Dejan Kovac, de 43 anos, um suposto esloveno morto no dia 05 de janeiro, em Santos, no litoral de São Paulo, foi identificado pela polícia como sendo Darko Geisler, um sérvio procurado pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), suspeito de ser matador de aluguel.

O homem foi morto na frente da esposa e do filho de 4 anos, enquanto chegavam de bicicleta no prédio onde moravam. Darko foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), porém sofreu uma parada cardiorrespiratória a caminho da Santa Casa de Santos e veio a óbito.

A identidade do homem foi revelada após a execução, quando provas testemunhais levantaram dúvidas sobre a origem da vítima, que possuía um passaporte de nacionalidade eslovena. A Polícia Civil entrou em contato com o consulado esloveno em Brasília, confirmando que os dados não remetiam a nenhuma pessoa daquele país.

Uma cópia do passaporte da vítima foi encaminhada ao consulado, que informou que o documento havia sido perdido por um cidadão em 2017. O documento foi imediatamente cancelado.

Após essa descoberta, as autoridades foram em busca de identificar o homem e, em um site sérvio, encontraram uma publicação a respeito de um homicídio cometido por uma pessoa com características idênticas às do sujeito.

O Departamento de Inteligência da Polícia Civil (Dipol) e a Interpol foram acionados, e, depois de acertos com as autoridades sérvias, foi confirmada a identidade da vítima como sendo Darko Geisler, membro de uma organização criminosa atuante na Sérvia. 

Darko estava na lista de “difusão vermelha” da Interpol, suspeito de ser “matador de aluguel”, além de portar armas e explosivos em Montenegro. Contra o homem constava uma ordem de prisão internacional. O nome dele foi retirado da lista da Interpol após a sua morte. 

Em entrevista ao g1, a esposa de Darko declarou, antes de a verdadeira identidade dele ser descoberta, que a vida anterior do marido “não lhe dizia respeito”. No Brasil, o homem atuava como marceneiro e, de acordo com testemunhas, possuía uma postura reservada e tranquila.

As autoridades, agora, buscam esclarecer quem era Dejan Kovac no Brasil.

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