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Imagem mostra o momento que Leonard Mack é inocentado.

Por Mai Moreira

Leonard Mack, de 72 anos, cumpriu sete anos de prisão devido a um estupro que não cometeu. Quase cinco décadas após o crime, segundo o gabinete do promotor do condado de Westchester, exames de DNA “descartaram de forma conclusiva o senhor Mack como perpetrador e identificaram um agressor sexual condenado, que agora confessou o estupro”.

O verdadeiro autor do crime foi condenado por roubo e estupro no Queens algumas semanas depois do estupro em questão, que aconteceu contra uma adolescente, em 1975, em Greenburgh, no estado de Nova York. Em 2004, ele também foi condenado por roubo e agressão sexual contra uma mulher em Westchester. 

Leonard cumpriu a pena aplicada, mas lutou para limpar o próprio nome. Os exames de DNA foram realizados após uma campanha da organização Innocence Project. A reação de Leonard foi satisfatória, que, em declaração, disse: “Finalmente estou livre”.

Leonard Mack, de 72 anos. Foto: UOL

O gabinete do promotor distrital parabenizou a força inabalável de Leonard Mack para limpar o seu nome e declarou: “É a condenação errônea mais longa da história dos Estados Unidos conhecida pela Innocence Project a ser revogada por um exame de DNA”.

Segundo a organização Innocence Project, o caso de Leonard Mack possuía todos os fatores comuns de condenações injustas, como identificação incorreta de testemunhas oculares, depoimentos forenses enganosos, preconceito racial e campo de visão reduzido. 

De acordo com o Registo Nacional de Exonerações, desde 1989, 575 pessoas condenadas foram absolvidas devido a novos exames de DNA, sendo que 35 delas aguardavam execução. Os dados ainda apontam que mais da metade das 3.300 pessoas cujas sentenças foram revogadas entre 1989 e 2022 eram negras.

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