Juliana Valdivino da Silva, uma jovem de 18 anos que foi internada com 90% do corpo queimado, acordou do coma no dia 23 de setembro e revelou à mãe que foi atacada pelo ex-namorado, Djavanderson de Oliveira Araújo, de 20 anos.
O crime aconteceu na noite do dia 09 de setembro, na casa do suspeito, localizada em Paranatinga, no Mato Grosso. O suspeito atraiu a vítima para o local dizendo que havia sofrido um acidente e precisava de ajuda.
Quando Juliana entrou na casa, o homem a atacou com pauladas. Em seguida, ele jogou combustível nela e ateou fogo com um isqueiro. Segundo a mãe da jovem, Rosicléia Magalhães da Silva, as pauladas foram tão intensas que os machucados eram visíveis em meio às queimaduras.
Durante as tentativas de defesa da vítima, o suspeito se molhou de combustível, também sofrendo queimaduras. Com isso, ele foi correndo até a rua para pedir socorro, deixando a garota na casa. Juliana foi socorrida por um vizinho, que ouviu gritos e foi até o local.
Inicialmente, a família do suspeito alegou que o caso se tratava de uma tentativa de suicídio por parte de Djavanderson, sugerindo que Juliana teria se ferido ao tentar ajudar o ex. Porém, quando os policiais constataram o estado da garota, passaram a trabalhar com a hipótese de tentativa de feminicídio, que foi confirmada por ela.
Enquanto Juliana sofreu queimaduras em 90% do corpo, Djavanderson teve 50% do corpo queimado. Os dois foram socorridos e internados. Apesar de ter acordado do coma, a jovem permanece na UTI, em estado grave. O suspeito, por sua vez, já está em um quarto e segue em recuperação, estando sob a escolta de dois policiais.
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Por Isabel Bergamin Neves
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