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imagem ilustra a acusada

Após uma intensa batalha judicial, Chrystul Kizer, uma jovem de 24 anos, foi condenada a 11 anos de prisão pelo assassinato de seu abusador. A sentença foi decretada em 19 de agosto, seis anos depois do ocorrido, em Wisconsin, nos Estados Unidos.

Kizer começou a ser vítima de exploração sexual aos 16 anos. Randall Volar, de 34, abusava dela, filmava os abusos e, ainda, a prostituía para outros homens. Em junho de 2018, depois de quase dois anos sendo explorada, a jovem deu dois tiros na cabeça de Volar, ateou fogo na casa dele e fugiu com o seu carro.

Posteriormente, foi revelado que, quatro meses antes da morte do homem, a polícia havia coletado evidências de que, além de Kizer, ele estava abusando de outras onze garotas, todas menores de idade. Volar chegou a ser preso, mas acabou sendo liberado no mesmo dia.

Em algumas regiões dos Estados Unidos, existem leis que protegem vítimas de tráfico sexual contra condenações por crimes cometidos em decorrência dos abusos, como prostituição ou roubo. A defesa de Kizer trabalhou em cima disso, alegando também que a jovem agiu em legítima defesa. Em contrapartida, a acusação argumentou que o recurso não se aplica para casos de homicídio.

O processo contou com envolvimento de diversas instituições de justiça, que se manifestaram em defesa de Kizer, apontando que ela não deveria ser condenada pelo ocorrido.

Se ela perdesse essa batalha judicial, seria condenada à prisão perpétua. Com isso, após seis anos de processo, Kizer acabou aceitando um acordo de admitir a culpa pelo crime de homicídio, para garantir uma pena menor. Ela foi condenada a 11 anos de prisão e mais cinco de liberdade condicional, já tendo cumprido 570 dias na cadeia.

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Por Isabel Bergamin Neves
Contato: maimoreira@newsic.com.br

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