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Imagem ilustra o suspeito

No último dia 6 de maio de 2024, as autoridades paulistas efetuaram a prisão de Kauã Terto Ferreira, de 18 anos, também conhecido pelo pseudônimo “Barbey”. A detenção ocorreu em sua residência no bairro da Cidade Líder, em São Paulo, onde vivia com seus pais. Durante a operação, que não enfrentou resistência por parte do jovem, foram apreendidos dispositivos eletrônicos com conteúdos comprometedores.

Barbey está sendo investigado por uma série de crimes cibernéticos realizados principalmente por meio da plataforma Discord, incluindo acusações de produção, armazenamento e distribuição de pornografia infantil. Segundo a Delegacia de Crimes Contra Pedofilia do DHPP de São Paulo, uma menina de apenas 13 anos relatou ter sido ameaçada e extorquida por Barbey.

Fontes ligadas à inteligência policial revelam que, inicialmente, Ferreira negou as acusações, mas após ser confrontado com as evidências, admitiu sua participação nos crimes. A postura de desdém demonstrada pelo suspeito e sua falta de arrependimento são preocupantes, destacando a potencial ameaça que ele representa à sociedade.

Informações preliminares indicam que o Ministério Público solicitará a prisão preventiva de Ferreira, considerando os riscos envolvidos. Com sua prisão, o número de detidos e processados por delitos na plataforma Discord sobe para 79 desde abril de 2023, refletindo uma operação nacional contínua contra crimes cibernéticos.

A captura de Barbey foi possível graças à colaboração de um grupo de jovens que têm trabalhado ativamente com a polícia no levantamento de provas. Este caso sublinha a seriedade com que as autoridades brasileiras estão tratando a questão da segurança digital e a exploração infantil online.

Conversamos com os colaboradores que têm coletado materiais para as denúncias, segue o que eles revelaram sobre o perfil do suspeito.

Kauã Terto Ferreira também é um dos administradores do servidor “ The Kiss”, responsável pelo massacre de Sapopemba (2023), que terminou com a trágica morte de uma adolescente aluna da escola. Eles explicam as perturbadoras atividades online do jovem, que têm consequências diretas para a segurança de adolescentes na internet. Eles esclarecem que Ferreira é conhecido nos servidores do Discord como administrador de redes de crimes virtuais que incentivam abuso infantil, armazenamento e compartilhamento de pornografia infantil, extorsão e formação de quadrilha, além de estupro virtual.

Segundo os colaboradores, a trajetória de Barbey no cibercrime começou no Instagram, onde ele realizava transmissões ao vivo promovendo a pedofilia e compartilhando fotos de meninas de 11 a 13 anos, captando um grande público. Após ser banido dessa plataforma, transferiu suas operações para o Discord. No servidor “Luck’s Hell”, Barbey se destacava ao encaminhar links de pornografia infantil para outros administradores postarem, além de usar o grupo para exploração e ameaça de menores.

Os colaboradores detalharam como Barbey manipulava suas vítimas para ganhar sua confiança, prometendo encontros casuais em locais públicos, para depois em grupos privados revelar intenções de cometer assédio e abuso sexual. Mais chocante ainda, ele incentivava automutilação e abuso extremo, como no caso de uma menina de 12 anos que foi levada a se automutilar e a se expor a perigos gravíssimos.

Este caso sublinha a importância do monitoramento das atividades online dos jovens e do diálogo aberto sobre os perigos da internet. Os pais devem estar atentos aos sinais de que seus filhos possam estar sendo atraídos para tais armadilhas online e reportar quaisquer atividades suspeitas às autoridades competentes. Com o aumento de crimes cibernéticos envolvendo menores, a conscientização e prevenção são essenciais para proteger nossos jovens.

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