Jessica de Azevedo Celestino, de 21 anos, e Vitória de Azevedo Celestino, de 20, foram presas em Nova Iguaçu, no estado do Rio de Janeiro, suspeitas de tentar matar a própria mãe no dia 24 de fevereiro. As suspeitas foram detidas na manhã do dia 26, enquanto dormiam em casa.
A vítima, que estava muito debilitada, procurou a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Nova Iguaçu no dia 24, acompanhada da mãe, a avó das suspeitas. Pelo fato de a mulher estar ferida, os funcionários da Deam acionaram uma ambulância, e, após o atendimento médico, ela prestou depoimento e contou sobre o crime.
Segundo o depoimento da vítima, ela foi arrastada até o quarto pelas filhas, onde sofreu socos e foi sufocada com um pano na boca e no nariz. Além disso, Jessica teria colocado o joelho no tórax da mãe, impedindo-a de respirar. A vítima alega que, durante a violência, as agressoras riam e diziam: “Vou te matar, sua filha da p*ta!!!”.
O companheiro da mulher ouviu os gritos e foi verificar o que acontecia, interrompendo o ataque. De acordo com a delegada titular da Deam, Mônica Areal, há registro de agressões sofridas pela vítima desde 2022, porém a mulher não deu continuidade aos processos.
A vítima também apresentou áudios enviados pelas suspeitas, nos quais ela é ameaçada pelas filhas. As ameaças foram feitas junto ao pedido de devolução de um aparelho celular, além de outras exigências das suspeitas, como pedir que a mãe cuidasse dos netos.
As investigações também levantaram um áudio de Jessica dizendo: “Bati nela mesmo, assim como ela me bateu, que minha cara está toda roxa. (…) O que eu fiz com a cara dela foi pouco, foi em legítima defesa. Assim como ela tomou, ela me deu também. Se ela continuar, eu vou aí e quebro tudo”.
A delegada Mônica Areal disse que as suspeitas queriam transformar a vítima em uma serviçal, sem pagar salário. Areal enquadrou o caso como tentativa de feminicídio, visto que se trata de uma relação doméstica e familiar.
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Por Mai Moreira
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