A Polícia Civil do Distrito Federal divulgou um dos laudos produzidos a fim de explicar a morte do estudante Lucas da Silva Resende do Monte, de 20 anos, encontrado no fundo da casa de um amigo, em Sobradinho. O laudo, concluído em 14 de fevereiro pelo Instituto de Identificação, indica que o jovem teria se suicidado.
O documento também informa que os investigadores ainda aguardam o laudo do exame do local, o laudo da análise genética e o laudo toxicológico.
Outro laudo foi divulgado pelo portal Metrópoles, sendo este produzido pelo Instituto Médico Legal (IML), concluindo que Lucas morreu após “choque cardiogênico secundário a tamponamento cardíaco após hemopericárdio causado por perfuração de câmaras cardíacas por instrumento perfurocortante”.
Os peritos indicaram que o corpo apresentava 32 perfurações, “em sua quase totalidade paralelas, agrupadas em região esternal e paraesternal esquerda”. Dessas perfurações, duas causaram a morte da vítima, sendo uma na região paraesternal esquerda, medindo aproximadamente 4 cm, e a outra na região paraesternal esquerda, medindo cerca de 3,5 cm.
O laudo informa que as perfurações podem ter sido causadas tanto por alguém destro quanto por alguém canhoto. Foi concluído também que as outras 30 lesões foram superficiais, sugerindo “hesitações descritas na literatura em casos de suicídio”.
Em trecho do documento, os peritos dizem: “A ausência de lesões típicas de defesa nos membros superiores e nas mãos também fala contra a hipótese de homicídio”. As lesões encontradas no dorso da mão, no braço e no antebraço direitos da vítima são “possivelmente causadas por atritos com solo ou por ação de fauna cadavérica”.
A vítima foi encontrada sem camisa e com as calças abaixadas até o meio das coxas, porém o laudo afirma ausência de lesões nos membros inferiores e nas genitálias do jovem. O imóvel onde o corpo foi localizado passou por testes com luminol, mas não foram encontrados vestígios de sangue e nem indícios de que o local foi lavado.
A corporação informou que 9 pessoas envolvidas foram ouvidas e, após as diligências, “a linha de suicídio tornou-se mais robusta”. Entretanto, a possibilidade de homicídio não foi descartada, sendo investigada em uma linha secundária.
Também foi anunciado que ao menos uma pessoa será indiciada por tráfico e corrupção de menores e, se apurado, também poderá sofrer responsabilização criminal por “induzimento ao suicídio”.
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Por Mai Moreira
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