Na noite do dia 1º de novembro, uma mulher identificada apenas como Rosario, conhecida como “La Madrina Chayo”, foi assassinada em um altar dedicado à La Santa Muerte, na esquina das ruas Luis Long e Cuatro, na cidade de León, no estado de Guanajuato, no México.
A Santa Morte, em tradução para o português, é uma divindade geralmente adorada por aqueles que enfrentam adversidades na vida e buscam proteção. Entre eles, há pessoas de diversas origens sociais e culturais do México, incluindo muitos indivíduos marginalizados, como profissionais do sexo e dependentes químicos, e até condenados e criminosos em geral.
Essa santa não é reconhecida pela Igreja Católica Romana, sendo frequentemente associada às atividades do narcotráfico e tendo suas celebrações hostilizadas.
La Madrina Chayo era líder de um culto popular mexicano de adoração à Santa Morte. Ela foi morta a tiros durante uma festa de celebração à divindade, que é homenageada nos dias 1 e 2 de novembro, coincidentemente com o feriado do Dia dos Mortos.
Por volta das 18h, vários homens se misturaram entre os participantes da festa e abriram fogo contra os presentes, matando a líder do culto, que estava sentada próximo ao altar. Em seguida, os suspeitos fugiram do local.
Com o ataque, também morreram uma mulher e uma criança. Além disso, oito pessoas ficaram feridas e precisaram ser hospitalizadas – três mulheres, três homens e dois menores de idade. A identidade das vítimas não foi divulgada, mas sabe-se que elas também estavam no local para as celebrações religiosas.
Conforme informações veiculadas pela imprensa local, La Madre Chayo havia recebido ameaças na manhã daquele dia, quando homens armados foram até ela e disseram para que não fizesse a festa de celebração da santa.
Não foram divulgadas informações oficiais sobre a motivação do crime, mas acredita-se que esteja relacionada às ameaças feitas à líder do culto. Nenhum suspeito foi preso até o momento.
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Por Isabel Bergamin Neves
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