Por Mai Moreira
A dentista Bruna Angleri, de 40 anos, foi encontrada por sua mãe carbonizada dentro do seu quarto, o único cômodo queimado no apartamento localizado no bairro Portal das Laranjeiras, no Distrito Industrial em Araras (SP), no dia 27 de setembro.
A mãe da vítima acionou o Corpo de Bombeiros, que controlou as chamas e encaminhou o corpo da mulher ao Instituto Médico Legal (IML). Bruna estava deitada na cama e, de acordo com o delegado do caso, Tabajara Zuliani dos Santos, ela foi brutalmente agredida, o seu rosto estava deformado devido a fraturas e uma de suas costelas estava quebrada.
No local do crime não foram encontrados o celular e a bolsa de Bruna. Segundo a polícia, ela possuía uma medida protetiva contra o ex-namorado, que em agosto deste ano havia invadido a casa dela e quebrado vários objetos. O ex-namorado da dentista foi considerado o principal suspeito do caso.
O delegado também informou que aguarda o exame necroscópico para saber exatamente como a vítima morreu. Ele acredita que Bruna provavelmente já estivesse morta quando atearam fogo na cama.
O velório de Bruna foi interrompido e o seu corpo foi levado novamente ao IML, pois a polícia busca saber se na corrente sanguínea da vítima há alta concentração de gás carbônico, a fim de entender se ela morreu por causa da fumaça ou por asfixia causada pelo assassino.
Na quarta-feira, dia 27 de setembro, a polícia ouviu o principal suspeito, que, acompanhado de seu advogado, negou ter cometido o crime. Ele foi liberado, mas teve o celular apreendido para investigação.
Segundo o delegado, o caso está sendo investigado com diversas hipóteses. O principal suspeito negou o crime e apresentou um conjunto de álibis que serão avaliados.
“Um crime muito violento, atípico para uma cidade do tamanho de Araras e estamos lidando com inúmeras possibilidades”, afirmou Tabajara.