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Na imagem vemos a suspeita sendo presa

Michele Ferreira de Souza foi presa nesta segunda-feira, dia 17 de junho, em Vassouras, no interior do Rio de Janeiro, depois de confessar ter torturado a própria filha, uma garota de 11 anos com transtorno do espectro autista. Um vídeo gravado pela própria mulher mostra a agressão cometida contra a criança, que foi resgatada no dia 08 de junho, junto do irmão de 9 anos.

O caso ocorreu na residência da família, que fica na comunidade do Fallet-Fogueteiro, em Santa Teresa, no Centro do Rio de Janeiro. Nas imagens, a menina aparece sentada no chão, com os braços amarrados atrás das costas. Em determinado momento, a mãe cobre a cabeça dela com um saco plástico e a sufoca por mais de 30 segundos, apertando o saco com as mãos e chegando a cobrir a boca da filha. No vídeo, é possível ouvir a criança chorando, gritando e se debatendo, enquanto Michele diz para ela: “Cala a boca […] Só assim para o demônio sair”.

Segundo relatos de pessoas próximas à família, esta não foi uma agressão isolada. A mulher tem um histórico de anos de maus-tratos contra a menina, incluindo casos em que obrigou a filha a comer grãos de feijão cru e a fazer as refeições no chão da casa. Em nota, a Polícia Civil confirmou esse fato, informando que a mulher constantemente submetia os filhos a uma rotina de violência.

No dia 08 de junho, após receber denúncias das agressões, o Conselho Tutelar direcionou uma equipe para resgatar as crianças. A mãe apresentou resistência durante a abordagem, chegando a se automutilar com objetos cortantes e tendo que ser encaminhada para receber atendimento médico.

Ela só foi presa no dia 17, quando confessou a agressão aos agentes policiais, alegando que filmou o ato em um momento de surto. Ela foi encaminhada para o presídio Benfica, na zona norte do município, e irá responder pelo crime de tortura.

As duas crianças foram encaminhadas para um abrigo da Prefeitura, onde permanecerão até que as autoridades determinem se Michele irá perder a guarda definitiva delas. Enquanto isso, estão sendo acionados outros familiares que possam acolher as crianças, a depender da decisão judicial.

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Por Isabel Bergamin Neves
Contato: maimoreira@newsic.com.br

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