Por Claúdia Nakazato
Uma mulher de 30 anos é suspeita de matar a própria filha, esquartejar o corpo e esconder as partes da criança, de 9 anos, na geladeira da casa, em São Paulo. Ruth Floriano confessou o crime e disse à polícia que pesquisou o ‘jeito mais fácil’ de cometer o crime na internet.
A mulher afirmou à polícia que decidiu matar a filha entre os dias 8 e 9 de agosto, pois ela não aceitava a separação com o pai, que ainda não foi identificado pelas investigações. Ruth teria consumido drogas antes de cometer o assassinato.
Ruth esfaqueou a filha, Alany Izilda Floriano Silva, enquanto a jovem escovava os dentes durante a madrugada. Partes do corpo foram guardadas na geladeira e os membros jogados em um esgoto perto da casa, que era na zona leste da capital. No dia 15 de agosto, a família se mudou para a zona sul.
O homem que fez a mudança disse que a geladeira estava enrolada com lençol e fitas e que não havia suspeitas de que havia um corpo dentro do eletrodoméstico. Ele também informou que apenas mais dois móveis foram levados ao novo endereço.
O corpo da vítima só foi encontrado entre os dias 25 e 26, quando a sogra de Ruth decidiu verificar o que tinha na geladeira, na ausência da suspeita. Ela desconfiava que havia drogas ou arma escondidas, mas acabou encontrando o corpo de Alany.
A Polícia Militar foi acionada e Ruth foi presa. Ela teve a prisão em flagrante convertida em preventiva e ficará detida por tempo indeterminado. O caso foi registrado no 100º Distrito Policial de Jardim Herculano como homicídio qualificado contra menor de 14 anos e emboscada por motivo fútil.
O Instituto de Criminalística da capital realiza uma perícia no celular de Ruth, o que deverá apontar as páginas da internet pesquisadas por ela. A polícia busca identificar a data e a motivação do crime, já que a mulher teria dado duas versões para o assassinato da filha.
Na primeira, Ruth negou o crime. Ela disse que conheceu um homem em um aplicativo de relacionamentos, consumiram drogas em sua casa e, depois, dormiram juntos. No dia seguinte, ela alegou ter encontrado a filha morta, sem se lembrar do que aconteceu, e que decidiu colocar o corpo na geladeira.
Na segunda versão, ela confessou ter matado Alany entre 8 e 9 de agosto, dias após a filha ter completado 9 anos. Apesar do depoimento, a polícia trabalha com a hipótese de que o crime tenha sido cometido antes da vítima ter feito 9 anos.
Alany era fruto de um relacionamento com um homem que reside no interior de São Paulo, com quem a garota morava antes de se mudar para a casa da mãe. Ele deverá ser ouvido pela investigação. Os outros dois filhos de Ruth foram encontrados e entregues ao Conselho Tutelar.