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Imagem ilustra o acusado

Por Leo Soares
Contato – leonardo@newsic.com.br

O nome Leandro Rodrigues ficou marcado na história como o “maníaco de Guarulhos”, um serial killer que aterrorizou a região entre 2006 e 2008, deixando um rastro de violência e horror. O criminoso, inicialmente culpado por 4 assassinatos, confessou ter tirado a vida de 50 mulheres, mas apenas algumas dessas alegações foram comprovadas. O desenrolar dos eventos revela um cenário de perversidade e motivações obscuras.

Leandro Rodrigues, com 19 anos na época, abordava suas vítimas individualmente, oferecendo drogas como isca para levá-las a locais isolados. Lá, perpetrava agressões brutais, espancando e asfixiando as mulheres. Os laudos periciais revelaram que, além dos homicídios, as vítimas eram estupradas, algumas enquanto ainda estavam vivas e outras após a morte. O sêmen de Leandro foi encontrado em todos os corpos, corroborando a ligação dele com os crimes.

Antes do julgamento, o réu chegou a confessar os assassinatos, indicando nomes, datas e locais. Entretanto, durante o Júri, Leandro se retratou, alegando ter sido torturado pela polícia para confessar. A complexidade do caso trouxe à tona não apenas o terror infligido pelo maníaco de Guarulhos, mas também questionamentos sobre a veracidade das confissões dele.

As motivações por trás dos crimes ganharam luz nas investigações: Leandro associava as mulheres ao comportamento que considerava desleal de sua mãe, visto que ela traía o pai dele com frequência, o qual era um homem alcoólatra. Especialistas sugerem que o assassino nutria um sentimento de vingança contra as mulheres, em particular aquelas que ele via como promíscuas, principalmente usuárias de drogas.

A lista de vítimas é angustiante e revela a extensão da tragédia. Nomes como Cleidirene Romano, Keliane Leite da Silva, e Vanessa Kimura estão entre as muitas mulheres cujas vidas foram brutalmente interrompidas pelo maníaco de Guarulhos. Uma ex-namorada de Leandro também figura na trágica lista, evidenciando a proximidade do criminoso com algumas de suas vítimas.

As investigações apontam para a possibilidade de Leandro ter feito ainda mais vítimas, totalizando 18 homicídios desde 2006, em três cidades: São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. O número real pode ser ainda maior, revelando a dimensão sombria do histórico criminal do maníaco.

A juíza Maria Gabriela Riscali Tojeira foi responsável pela sentença condenatória que colocou Leandro Rodrigues atrás das grades. Em 2015, ele recebeu uma pena de 106 anos de prisão pelos assassinatos confirmados, além de mais 5 anos e 6 meses por violar sexualmente os cadáveres. Anos depois, novas condenações foram somadas, ultrapassando 180 anos de reclusão.

O caso do maníaco de Guarulhos permanece como um capítulo sombrio na história criminal brasileira, deixando cicatrizes nas vidas das vítimas e de suas famílias. A busca por justiça e compreensão continua, enquanto a sociedade tenta compreender as profundezas perturbadoras da mente de Leandro Rodrigues.

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