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Nicodemos Junior Estanislau Morais, de 41 anos, um médico ginecologista de Anápolis, cidade que fica a 55km de Goiânia, foi condenado a 277 anos, 2 meses e 19 dias de prisão em regime fechado pelo crime de estupro de vulnerável contra 21 mulheres.

Em abril de 2022, o médico já havia sido condenado a 35 anos de prisão pela justiça de Abadiânia, no entorno do Distrito Federal, também por estuprar pacientes.

Nessa nova condenação, Nicodemos pegou 163 anos de prisão pelo crime contra 12 vítimas e, no outro processo, envolvendo 9 mulheres, 114 anos. Além disso, deverá pagar 100 mil reais de indenização para cada vítima.

As investigações começaram depois que algumas mulheres procuraram a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Anápolis para denunciar que foram vítimas de crimes sexuais dentro do consultório. Estão entre as vítimas também: mulheres grávidas e uma outra que diz que foi abusada quando tinha apenas 12 anos.

O ginecologista foi preso pela primeira vez em 29 de setembro de 2021, e mesmo após diversas denúncias foi solto no dia 4 de outubro e passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica. Porém, outras mulheres denunciaram o crime e o médico foi preso novamente em 8 de outubro.

As vítimas relataram à polícia diversos comportamentos com conotações sexuais por parte do médico. Desde elogiar as partes íntimas de uma delas até pedir à outra para tocar em seu órgão genital. Em um dos casos chegou a perguntar para uma paciente sobre sua relação sexual com o marido com dois dedos introduzidos em sua vagina.

A juíza do caso, responsável pela sentença, destacou “A medicina existe para curar as pessoas, não para feri-las ainda mais” e complementou afirmando que o médico  usou a profissão de ginecologista como pretexto para cometer os crimes.

Por Leo Soares

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