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Por Cláudia Nakazato

Alberto Deluchi, de 70 anos, e sua esposa, Artele Deluchi, vão responder por crimes sexuais cometidos em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. O homem, que se apresentava como médium, foi investigado por, ao menos, dois crimes de violação sexual mediante fraude e um de estupro de vulnerável. 

Segundo o Ministério Público, os abusos eram cometidos quando as vítimas buscavam ajuda para curar suas doenças. Um deles ocorreu em um hospital, enquanto uma mulher estava internada. Outros foram praticados em um centro espírita e na própria casa do casal.

De acordo com a delegada que investigou o caso, Fernanda Hablich, não é possível afirmar que Alberto atuava legitimamente como médium, mas que o homem utilizava da dita mediunidade para cometer crimes. 

Fernanda disse, ainda, que a esposa do médium contribuiu para os abusos, já que, segundo a polícia, quando recebia as vítimas em sua casa, ela pedia que as demais pessoas se retirassem da sala para, então, o marido cometer os atos. 

A Federação Espírita do Rio Grande do Sul disse, em nota, que Alberto Deluchi não possui vínculo com a instituição e que ele não participa das atividades da Sociedade Espírita João Cardosos de Mello, local onde teriam ocorrido os crimes. 

O Ministério Público, que também denunciou Arlete Deluchi, chegou a pedir a prisão do homem pelas ocorrências na casa espírita, porém, o pedido foi negado pela Justiça, por entender que ele possui residência fixa e pela inexistência de antecedentes criminais. 

Relatos de mulheres que teriam sofrido abusos há mais de 30 anos, também compõem o processo que tramita na Justiça. Esses casos não são mais passíveis de punição, pois já foram prescritos. 

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