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Imagem ilustra vítima

No dia 13 de setembro, João Miguel da Silva Souza, um menino de 10 anos, foi encontrado morto dentro de uma vala, em uma área de mata na região do Guará, no Distrito Federal. O garoto estava desaparecido desde o dia 30 de agosto.

O corpo estava com as mãos amarradas, um tecido no pescoço e coberto por uma espécie de lençol. Embora estivesse em estado avançado de decomposição, exames preliminares apontaram que a morte ocorreu entre os dias 10 e 13 de setembro, ou seja, pelo menos 10 dias após o desaparecimento.

Com isso, a delegada à frente do caso, Bruna Eiras, trabalha com a hipótese de que João Miguel ficou mantido em cárcere até ser morto. A Polícia Civil do DF pede que quem tiver informações sobre um suposto cativeiro denuncie pelo número 197.

A descoberta do cadáver foi feita depois que a polícia divulgou o desaparecimento do menino em canais oficiais, o que ocorreu no dia 10 de setembro. Uma denúncia anônima feita às autoridades indicou o local exato do corpo.

A criança foi achada na água, porém não há sinais de afogamento. Segundo a delegada, também não há indícios de crimes sexuais e de ferimentos como tiros ou facadas. Avaliações iniciais apontam que João Miguel morreu por asfixia, mas a causa exata da morte deve ser apontada por laudos especializados.

Segundo testemunhas, João Miguel sumiu por volta das 21h da noite, quando saiu de bicicleta para comprar um salgadinho no mercado local, como costumava fazer. Ele morava com a tia, Rafaela Santos, no Setor de Chácaras Lúcio Costa, a cerca de 5 km do local onde foi encontrado. Baseado nessa distância, a polícia suspeita que o cativeiro onde o menino foi mantido não seja muito longe. 

João Miguel foi morar com a tia depois de ter sido deixado pela mãe, Daniela Soares, que se mudou para Pernambuco. 

Com o desaparecimento do filho, a mãe retornou ao DF, mas acabou sendo presa, visto que era alvo de um mandado expedido em abril deste ano. Conforme as autoridades, Daniela é ligada ao PCC e atuava fazendo a comunicação entre os integrantes da facção que estão presos e os que estão em liberdade.

O pai de João Miguel também está preso, desde dezembro de 2023. O motivo da prisão dele não foi divulgado.

A polícia inicialmente trabalhava com a hipótese de que a morte do menino pudesse ter sido motivada por vingança, para atingir o pai ou a mãe dele. Porém, com o avanço das investigações, ainda não foram encontrados elementos que liguem o assassinato da criança às atividades de seus parentes.

O caso segue em investigação.

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Por Isabel Bergamin Neves
Contato: maimoreira@newsic.com.br

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