Por Mai Moreira
Mizael Bispo, de 53 anos, condenado a 22 anos e 8 meses de prisão pela morte da ex-namorada Mércia Nakashima, recebeu progressão da pena para o regime aberto, tendo saído da Penitenciária II de Tremembé no dia 22 de agosto.
A progressão para o regime aberto foi concedida pela juíza Rita de Cássia Spasini de Souza Lemos, da 2ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté. Bispo cumpriu a pena em regime fechado por 11 anos. Desde setembro de 2018, estava em regime semiaberto.
Para usufruir do benefício do regime aberto, ele deverá seguir regras, como permanecer no endereço informado à Justiça, não frequentar bares, passar as noites em casa, não se ausentar da cidade sem autorização e comparecer em juízo quando solicitado.
A Justiça exigiu que Mizael Bispo fizesse o teste de Rorschach, um exame psicológico para identificar traços de personalidade. O laudo da avaliação foi anexado ao processo de solicitação da progressão de pena. De acordo com o advogado de defesa, Bispo cumpriu todos os requisitos para desfrutar do privilégio.
O assassino era policial militar e advogado e, em 2022, foi expulso da PM, perdendo a patente de cabo. Também foram retirados a sua identidade funcional e o certificado de registro de arma de fogo, sendo cassadas todas as condecorações recebidas pelo seu trabalho policial. No entanto, o seu direito à aposentadoria foi mantido.
Em maio deste ano, Bispo foi excluído da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), perdendo o direito de exercer a advocacia.
O crime de Bispo aconteceu em 2010, quando Mércia Nakashima foi baleada e teve seu corpo deixado dentro de um veículo em uma represa na região metropolitana, o que fez com que a vítima se afogasse. Outro homem, chamado Evandro, também foi condenado pelo crime de homicídio doloso qualificado, visto que ajudou Bispo a fugir do local.
