Depois de meses de investigação, um homem de 46 anos, identificado como Hitler da Silva Ângelo, foi preso no dia 09 de outubro, suspeito de ser o mentor do assassinato de Luciene da Silva Gomes, uma mulher de 32 anos que estava em situação de rua no Rio de Janeiro.
Luciene foi encontrada morta a facadas no dia 21 de fevereiro. O corpo dela estava em Santa Cruz, na zona oeste carioca, com um documento de identificação fixado no corpo, o que chamou a atenção das autoridades.
Durante as investigações do crime, foram descobertos dois seguros de vida no nome de Luciene, cujos beneficiários não tinham relação familiar com ela. Em conversa com o banco, os agentes policiais verificaram que as apólices foram contratadas cerca de 20 dias antes da morte da vítima, somando um valor de R$ 4 milhões.
A polícia foi atrás dos beneficiários do seguro, e um deles revelou que havia fornecido seus documentos para um homem em troca da abertura de uma conta no banco, servindo de laranja para o esquema.
Com isso, verificou-se que um dos pagamentos para a contratação do seguro foi feito em um caixa eletrônico do Shopping Nova América, na zona norte da cidade.
Por meio de câmeras de segurança do local, Hitler da Silva foi identificado. Porém, todas as informações declaradas por ele em registros oficiais são falsificadas, fazendo com que a sua localização só fosse efetivada no dia 09 de outubro, depois de meses de investigação.
Em depoimento, ele confessou ter aberto as contas no nome de Luciene, mas negou o assassinato. As autoridades acreditam que ele seja o mentor intelectual do crime, e buscam identificar os demais envolvidos.
Hitler tem passagem na polícia por um estelionato cometido em 2023. No dia 11 de outubro, ele passou por audiência de custódia e teve a prisão mantida. Ele deve responder por homicídio qualificado e tentativa de estelionato.
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Por Isabel Bergamin Neves
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