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Imagem ilustra local do crime.

Por Mai Moreira

Um pastor acionou a polícia após uma mulher de 35 anos confessar ter assassinado um gerente do tráfico, um homem de 30 anos. O crime aconteceu no bairro Morro Alto, em Vespasiano, Belo Horizonte, no dia 06 de novembro. As identidades dos envolvidos não foram reveladas.

A suspeita foi encontrada no templo abalada e chorando muito, dizendo estar arrependida e se sentindo culpada. Ela contou duas versões do crime à polícia, mas, após averiguações e relatos de sua mãe, a mulher confessou o que realmente ocorreu. 

Na primeira versão, ela relatou estar na própria casa na companhia do traficante, fazendo uso de cocaína, quando foi assediada sexualmente pela vítima. Nervosa, ela teria desferido uma marretada na cabeça do homem. Ela diz ter ficado descontrolada e, por esse motivo, golpeou a vítima mais de 12 vezes no rosto. A sua intenção era esconder o corpo embaixo de uma escada cimentada. 

A polícia foi até a casa da suspeita, onde o cadáver foi encontrado enrolado em plástico-bolha e sem roupas. Os agentes também identificaram manchas de sangue pelo chão de alguns cômodos e em um colchão.

A mãe da suspeita contou às autoridades que viu o seu genro, um homem de 35 anos, com o rosto sujo de sangue, porém a filha afirmou que ele havia sofrido um acidente de trabalho. No dia 05 de novembro, a mãe disse não ter encontrado nem a filha e nem o genro, além de ter dado falta de R$ 100, que foram levados pelo casal. 

Após o depoimento da mãe, a suspeita confessou que o seu marido atraiu a vítima prometendo sexo a três como forma de pagamento de dívida, visto que o casal possuía pendências financeiras com o traficante. Durante a relação, o marido agrediu a vítima com uma marreta e arrastou o seu corpo para outro cômodo.

Depois do crime, o casal fugiu para a praça da Rodoviária, em Belo Horizonte, onde tentaram vender os seus celulares a fim de conseguir dinheiro. Ambos dormiram junto a pessoas em situação de rua, mas, por ciúmes de um homem, o marido brigou com a suspeita. 

Após a briga, ela procurou o pastor para relatar o crime, porém tinha a intenção de assumir a culpa pelo assassinato, visto que o marido possuía ficha criminal. Ela foi ouvida pela polícia e liberada. O marido segue sendo procurado. 

De acordo com as investigações, o traficante estava desaparecido havia três dias. A perícia constatou que, além dos golpes traumáticos na face, a vítima também apresentava perfurações no tórax, na altura do coração. Na casa da suspeita foram apreendidas uma faca e uma marreta. 

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