Por Mai Moreira
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Lúcia Gomes da Silva, de 50 anos, foi agredida com um pedaço de madeira e mantida em cárcere privado por 6 horas, pelo suspeito Rossini Marian Pires Fragelli, de 44 anos, marido da vítima. A mulher conseguiu pedir ajuda a policiais em uma padaria e foi socorrida.
O caso aconteceu no dia 26 de novembro, em Água Quente, no Distrito Federal. O casal estava junto há 16 anos, e, de acordo com Lúcia, Rossini é usuário de drogas e álcool, e estava consumindo cocaína desde a tarde do dia 25.
O homem ficou 15 anos preso por homicídio qualificado, roubo e porte ilegal de arma de fogo. Durante a detenção, no Complexo Penitenciário da Papuda, Rossini fugiu quatro vezes.
As agressões contra Lúcia começaram após o suspeito confrontar ela a respeito de uma suposta traição. A mulher negou e foi agredida com uma ripa de telhado. Antes de agredi-la, o suspeito havia tomado o celular da vítima e aumentado o volume de um aparelho de som para abafar os pedidos de socorro.
A fim de acabar com a violência, a mulher acabou confirmando a acusação, porém o agressor passou a vigiá-la e ameaçou matá-la e cortar a sua cabeça, caso ela acionasse a polícia.
Lúcia conseguiu convencer o marido a ir à uma igreja em Samambaia. No trajeto, o casal parou em uma padaria, na qual havia uma equipe de policiais penais. A mulher aproveitou a falta de atenção do agressor e avisou aos policiais que estava sendo vítima de violência doméstica.
Ela foi socorrida pelos policiais, mas o suspeito conseguiu fugir e ainda não foi localizado. A vítima foi encaminhada pelos policiais penais à 26ª Delegacia de Polícia, para prestar queixa contra o companheiro por injúria, ameaça, violência doméstica e cárcere privado.
Lúcia também realizou exames no Instituto de Medicina Legal (IML) e solicitou medidas protetivas, que foram deferidas pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios.
De acordo com a decisão, Rossini deverá manter uma distância mínima de 300 metros da mulher, sendo obrigado a deixar a casa onde ambos moravam imediatamente. Além disso, ele não poderá entrar em contato com a vítima por telefone ou redes sociais.
O caso é investigado pela 27ª Delegacia de Polícia, no Recanto das Emas.