Joelma da Silva André, de 33 anos, foi encontrada morta, com uma faca cravada no peito e com parte de seu nariz arrancada, no Núcleo Industrial do Indubrasil, em Campo Grande, por volta das 6h do dia 21 de fevereiro. A vítima foi morta na frente dos filhos.
O ex-companheiro da vítima, Leonardo da Silva Lima, foi preso em flagrante, suspeito de ter cometido o crime na frente dos cinco filhos da mulher, sendo dois deles filhos dele também. Após assassinar a companheira, ele fugiu em direção à avenida Duque de Caxias, mas acabou sendo preso por equipes da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).
Segundo as investigações preliminares, a vítima e o suspeito eram casados e estavam em processo de separação. Na noite do dia 20, o suspeito teria ficado enciumado, pois havia visto Joelma pegando carona com alguém, o que o desagradou.
O homem foi até a casa da mulher para tirar satisfação, porém, como não a encontrou e os filhos não sabiam onde ela estava, ele foi embora. Mais tarde, ele retornou e encontrou Joelma. Os dois iniciaram uma discussão, e a polícia foi acionada pela filha de 16 anos da mulher, fazendo com que o homem fosse embora.
De forma insistente, o suspeito voltou à casa da mulher pela terceira vez. Uma nova briga foi iniciada, e desta vez, infelizmente, o homem acabou assassinando ela. A polícia foi chamada por vizinhos que ouviram os pedidos de socorro da vítima e de seus filhos.
Segundo Sueli Ferreira de Freitas, de 49 anos, vizinha da vítima, ela ouviu gritos dos filhos e do neto de Joelma pedindo socorro. Ela foi até a casa vizinha e encontrou a vítima morta. Sueli afirma que as agressões de Leonardo contra Joelma eram constantes, e que a vítima sempre expressava o desejo de que o ex-marido a deixasse em paz.
As autoridades informaram que Leonardo já tem passagens na polícia por violência doméstica. A própria vítima já havia denunciado ele, pedindo uma medida protetiva de urgência, porém, entre os meses de março e maio de 2023, ela foi à Justiça e pediu a revogação.
O homem segue detido e ficará à disposição da Justiça. O caso é investigado como feminicídio.
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Por Mai Moreira
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