Maria Silmara Bonete, de 40 anos, foi encontrada morta, com marcas de asfixia e de dois golpes de faca no pescoço, em um terreno na avenida Visconde de Mauá, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, no dia 25 de fevereiro. A vítima teve o corpo amarrado com uma corda e arrastado pelo local.
O principal suspeito é Onilson Pereira de Almeida, de 48 anos, ex-namorado da vítima, que foi preso em flagrante. No momento da prisão, o homem estava com manchas de sangue pelo corpo e, ao ser questionado, disse que havia matado um porco, porém acabou confessando o crime às autoridades. Onilson alegou que houve luta corporal com a vítima, mas a polícia não encontrou indícios no local que comprovassem a versão do suspeito.
A dinâmica do crime foi flagrada pela câmera de segurança do terreno de uma loja de caminhões, onde Onilson morava e trabalhava como cuidador. Às 11h34min, a vítima é vista saindo da casa do suspeito de forma tranquila, conversando com o homem.
Às 12h28min, o suspeito retorna à residência para buscar uma arma de fogo. Por volta das 13h15min, ele aparece novamente, procurando uma corda, a qual foi amarrada ao pescoço da mulher, que em seguida é arrastada ao longo do terreno até uma parte mais afastada, próxima a um muro. De acordo com o delegado Luiz Gustavo Timossi, o suspeito tinha a intenção de esconder o cadáver.
O relacionamento entre a vítima e o suspeito havia acabado há cerca de dois meses. Na noite do dia 25, Maria encontrou o suspeito em uma boate e decidiu passar a noite na casa dele.
Segundo o testemunho do suspeito à polícia, o crime aconteceu após uma discussão supostamente motivada por ciúmes. Ele alega ter dado um golpe “Mata-Leão” na mulher, que ficou desacordada e foi posteriormente atingida com dois golpes de faca na região do pescoço.
A polícia foi acionada às 13h do dia 25, após Maria ter parado de responder às mensagens de suas amigas, que estavam com ela na boate e sabiam que ela tinha ido para a casa do suspeito na noite anterior.
Na residência do suspeito, foi encontrada uma arma de fogo não registrada de calibre .38. O caso foi registrado como homicídio, qualificado por feminicídio e por impossibilidade de defesa da vítima, e o homem também foi denunciado por posse e porte irregular de arma de fogo.
No dia 26 de fevereiro, a juíza Débora Portela converteu a prisão do suspeito em preventiva, ressaltando que o crime é classificado como hediondo. A defesa do suspeito declarou que vai aguardar a investigação e que o homem padece de um grave problema psiquiátrico, o que será examinado por uma perícia oficial.
____________________
Por Mai Moreira
Contato – maimoreira@newsic.com