Em uma coletiva de imprensa realizada no dia 14 de outubro, Régis Campos Vieira, delegado titular do 6º Distrito Policial de Sorocaba, divulgou a conclusão do inquérito que investigava a morte de Ricardo Ferreira da Silva, um homem de 43 anos que foi encontrado dentro de um tanque de piranhas, em uma propriedade no bairro Aparecidinha, em dezembro de 2022.
Conforme o delegado, o crime foi encomendado pela ex-mulher da vítima, a qual não teve a identidade revelada. Ela teria oferecido R$ 2.900 a um vizinho, conhecido como “Tonhão”, para que ele “desse um susto” em seu ex-marido. Em depoimento, a suspeita disse que o intuito não era matar o homem, e sim agredi-lo.
O vizinho contratado chamou outros dois indivíduos para ajudarem na execução do crime. Assim, a mulher atraiu a vítima para a propriedade, alegando que queria contratá-la para um serviço. No local, o homem foi espancado e torturado durante dois dias. Depois de morto, teve o corpo jogado no tanque de piranhas.
Segundo apurações da polícia, Ricardo e a ex-mulher foram casados por 19 anos e tiveram dois filhos. O delegado informou que o homem tinha um extenso histórico de violência contra a mandante do crime, ao ponto de, em 2021, ela ter conseguido uma medida protetiva contra ele.
Ricardo é alvo de cinco Boletins de Ocorrência por violência doméstica registrados pela ex-esposa. O último registro foi feito dois meses antes do assassinato.
A motivação do crime estaria ligada às agressões cometidas pela vítima. Segundo o delegado, a mulher teria encomendado a morte do homem por não acreditar na efetividade de suas denúncias, decidindo fazer justiça com as próprias mãos.
Ela tinha 43 anos na época do crime e trabalhava há nove anos no mesmo serviço, nunca tendo problemas com a Justiça até então. Já os executores do crime e a própria vítima tinham diversas passagens pela polícia.
A mandante e dois executores foram presos em setembro, enquanto o quarto suspeito foi capturado no dia 11 de outubro. Segundo a Polícia Civil, todos os envolvidos devem ser julgados por homicídio qualificado.
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Por Isabel Bergamin Neves
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