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Imagem ilustra vítimas.

Por Mai Moreira

Contato – maimoreira@newsic.com.br

Um grupo de mulheres denunciou à polícia a dona de uma clínica de estética, chamada Val Silveira, que as filmou nuas e seminuas, sem autorização e de forma indevida. As vítimas descobriram o crime após terem as suas imagens divulgadas nas redes sociais. O caso ocorreu no bairro Messejana, em Fortaleza, e ganhou destaque no dia 11 de dezembro.

As imagens foram postadas nos perfis das redes sociais da dona da clínica, nas quais é possível ver diversas clientes fotografadas enquanto se trocavam ou aguardavam o início dos procedimentos.

Para a imprensa, Val disse que a extorsão começou após ela se relacionar de forma on-line com um homem, que se identificava como um empresário de São Paulo. Os dois marcaram um encontro presencial, em novembro, em Fortaleza, porém, ao invés do namorado, quem apareceu foi um grupo de pessoas que teriam roubado seus celulares.

A mulher também conta que o grupo a ameaçou, dizendo que iria controlar a sua clínica e obrigando-a a gravar os vídeos, sem que ela soubesse o destino das imagens. Val diz ter sido extorquida em cerca de R$ 10 mil no período entre o encontro com os criminosos e as postagens das fotos das pacientes. 

Entretanto, à polícia, a suspeita declarou que foi vítima de uma quadrilha que instalou aplicativos de monitoramento e controle em seu celular, afirmando que as imagens foram registradas pelos próprios criminosos, sem que ela tivesse conhecimento. A suspeita registrou na Delegacia de Defraudações e Falsificações um Boletim de Ocorrência por ter o seu perfil invadido.

Nas redes sociais, as imagens foram postadas por um suposto hacker, o qual afirma que a dona da clínica estava vendendo os registros das pacientes. O hacker postou as imagens e convidou as pessoas a entrarem em contato para saber mais informações, mas as vítimas que buscaram respostas não obtiveram sucesso. 

A suspeita diz que as suas redes sociais estavam sendo controladas pelo grupo criminoso há algum tempo, e que os vídeos foram publicados após ela descumprir as ordens da quadrilha.

A Secretaria de Segurança Pública do Ceará afirmou em nota que investiga a denúncia de crime contra a dignidade sexual, praticado em ambiente virtual. 

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