A delegada Patrícia Neves Jackes Aires, de 39 anos, foi encontrada morta no dia 11 de agosto. O corpo dela estava no banco de carona do próprio carro, localizado em uma área de mata de São Sebastião do Passé, na Bahia.
O principal suspeito do crime é o namorado da vítima, Tancredo Neves Feliciano de Arruda. No dia anterior ao encontro do corpo, ele ligou para a polícia dizendo que havia sido sequestrado junto da namorada, alegando ter sido libertado pelos sequestradores, que seguiram com Patrícia no carro dela.
Quando o corpo foi encontrado, horas depois, as autoridades não encontraram vestígios que corroborassem um possível sequestro. Por outro lado, identificaram elementos indicando um crime de feminicídio cometido por Tancredo, resultando na prisão em flagrante dele.
Foi apurado que o suspeito havia sido preso em maio deste ano, por agressões cometidas contra a vítima. Ela teria, inclusive, recebido uma medida protetiva contra ele, mas o casal acabou se reconciliando. Além disso, o homem também tem passagens na polícia por exercício ilegal da medicina e falsidade ideológica, crimes denunciados em 2022.
Patrícia era delegada plantonista na Delegacia Territorial de Santo Antônio de Jesus. Ao longo da carreira, atuou com ênfase na prevenção e no enfrentamento da violência de gênero, chegando a atuar no Núcleo Especializado de Atendimento à Mulher (Neam), em 2021. Com a repercussão do caso, diversas entidades da corporação policial se manifestaram em luto pela morte da vítima, exaltando a atuação dela na profissão.
O caso ainda está em investigações preliminares, com a realização de perícias, a análise de imagens de câmeras de segurança e outras diligências que ajudem as autoridades a determinar as circunstâncias da morte da delegada.
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Por Isabel Bergamin Neves
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