A urgente necessidade de ações eficazes contra crimes virtuais
Recentemente, um adolescente de 15 anos do município de Jucás, no Centro Sul do Ceará, foi identificado como um dos organizadores de um atentado trágico em uma escola de São Paulo, ocorrido em outubro de 2023. O ataque resultou na morte de uma aluna e deixou três estudantes feridos. A Polícia Civil revelou que o jovem era um dos administradores de um grupo criado na plataforma Discord. Durante a investigação, foram apreendidos dois celulares e um notebook.
A identificação do adolescente foi possível graças ao trabalho conjunto do Setor de Análise e Investigação Telemática da Delegacia Municipal de Jucás e do Departamento de Inteligência Policial (DIP). O ataque aconteceu na Escola Estadual Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo, onde um adolescente de 16 anos entrou armado e efetuou disparos. Este jovem foi apreendido e levado à Casa da Infância e Juventude.
O adolescente identificado utilizava o nick “Lyt” e se intitulava “inrrodavel”. Ele não só ameaçou várias adolescentes como também possuía vasto material de exploração infantil. Além disso, ousou ameaçar uma hacker ética, Vitória Okida, que atua conosco, e esta jornalista que escreve esta coluna.
A situação revela uma questão alarmante: jovens envolvidos em crimes virtuais estão em ascensão. Temos alertado insistentemente para que esses jovens abandonem o crime e busquem uma vida produtiva e digna. Iniciar a vida no sistema prisional é uma das piores consequências para uma pessoa jovem.
Diante do aumento assustador desses crimes, criamos uma força-tarefa multidisciplinar para colaborar com as autoridades policiais no combate a essas ações. A equipe, composta por voluntários dedicados, realiza um trabalho fabuloso na identificação dos agressores e no apoio às vítimas.
No entanto, a questão vai além da segurança pública; trata-se do adoecimento mental desses jovens. É crucial que nossos legisladores estudem leis que envolvam as big techs e as plataformas de comunicação, uma vez que muitos desses crimes são planejados e executados nelas. Precisamos urgentemente de campanhas e políticas públicas nas esferas federais e estaduais.
Enquanto não tivermos essas medidas, continuaremos ajudando as vítimas e combatendo esses crimes. Agradeço imensamente a todos os voluntários que nos ajudam diariamente nessa luta. É imprescindível que a sociedade e o governo se unam para prevenir e tratar as raízes desses problemas, garantindo um futuro mais seguro e saudável para nossos jovens.
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