No dia 13 de maio, um homem, cuja identidade não foi revelada, foi preso após ser filmado abusando da própria filha, de 17 anos, dentro da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital em São Paulo. A jovem estava internada porque havia passado por uma traqueostomia.
O caso foi denunciado por funcionários do hospital, que suspeitaram do comportamento do pai enquanto ele acompanhava a filha no leito. Enfermeiros afirmaram ter visto o homem abrindo a fralda da jovem e tocando excessivamente o corpo dela, mesmo depois de ser repreendido pelos funcionários para que não o fizesse.
Os profissionais também relataram que os sinais vitais da vítima se alteravam após as noites em que o homem ficava como acompanhante. Além disso, disseram que ele insistia para que a filha recebesse alta da UTI, para que assim pudesse ter mais privacidade com ela, chegando até a fechar a cortina do leito.
As suspeitas da equipe do hospital foram confirmadas quando enfermeiros resolveram filmar o comportamento do homem durante uma madrugada na UTI. Na filmagem, ele aparece com a mão dentro do avental da filha e tocando diversas partes do corpo dela.
No dia seguinte, um funcionário do hospital foi trocar a fralda da garota e notou sinais compatíveis com abuso sexual nas partes íntimas dela, o que posteriormente foi confirmado com a realização de exame de corpo de delito.
Com o registro de vídeo, a equipe hospitalar registrou uma denúncia, resultando na prisão do suspeito. O homem teve a prisão temporária convertida em preventiva pela Justiça, e agora é réu por estupro de vulnerável, visto que o abuso foi cometido contra uma pessoa sem discernimento no momento do ato, e que portanto não podia se defender do crime.
Apesar da prisão do homem, a esposa dele, mãe da vítima, insiste na sua inocência, dizendo que a equipe médica expôs a situação “um momento de desespero” e isso destruiu a família, que, segundo ela, depende do homem para tudo.
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Por Isabel Bergamin Neves
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