Na noite do dia 22 de outubro, um pastor de 45 anos, que não teve o nome revelado, foi preso em flagrante em Santos, no litoral de São Paulo, suspeito de envolvimento na morte de Luane Costa da Silva, de 27 anos.
Ela foi encontrada morta na mesma noite, no quarto de um motel na avenida Rangel Pestana, na região de Vila Mathias. Luane era uma mulher trans, natural de Santo Antônio de Jesus, na Bahia, e trabalhava como profissional do sexo e acompanhante.
Myllena Rios, irmã da vítima, informou à imprensa que Luane estava em Santos desde o dia 15 de outubro, procurando um apartamento para morar na cidade.
Ela conheceu o suspeito na avenida Senador Feijó, quando se aproximou do carro dele para oferecer um programa. Os dois concordaram em um pagamento de R$ 100 e foram ao motel em questão.
Em depoimento, o homem disse que desistiu do programa quando descobriu que Luane era trans. Segundo ele, a vítima se sentiu humilhada pela situação e pediu mais R$ 100.
O suspeito alegou ter dado o dinheiro, com medo de que a mulher fizesse um “escândalo” e o expusesse. Ele explicou que, além de ser pastor em uma Igreja em Santos, é casado há 25 anos e tem três filhos.
Conforme o relato dele, Luane teria pegado a chave do quarto e pedido mais dinheiro, ameaçando-o com uma arma de choque. Com isso, os dois teriam entrado em luta corporal, até que o pastor caiu em cima da mulher.
Ele contou que, nesse momento, notou que Luane estava inconsciente, então pegou a chave do quarto e a arma de choque e foi embora, devolvendo a chave para a recepção do motel e, supostamente, jogando a arma em um canal da cidade.
Entre a entrada dos dois no estabelecimento e a saída do pastor, passaram-se 30 minutos.
Momentos depois de deixar o local, o homem retornou, pois havia esquecido o celular. Quando entrou no quarto, deparou-se com funcionários do motel, sendo segurado por duas pessoas até a chegada da polícia.
O pastor foi preso em flagrante e deve ser submetido à audiência de custódia nos próximos dias.
O corpo de Luane foi encaminhado para o Instituto Médico Legal, onde passará por exames que apontarão a causa da morte. Em seguida, o cadáver deve ser levado para a Bahia, para ser enterrado pela família da vítima.
O caso segue sendo investigado.
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Por Isabel Bergamin Neves
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