Polícia prende suspeitos pela morte de pedreiro encontrado carbonizado 

Imagem ilustra a vítima

Por Mai Moreira
Contato – maimoreira@newsic.com

O caso de Reginaldo Santos, o pedreiro de 57 anos encontrado morto, torturado e queimado em dezembro de 2023, em Itapevi, interior de São Paulo, chegou a uma conclusão. A polícia prendeu, no dia 07 de janeiro, em Itapevi, quatro pessoas envolvidas no crime. Todos os suspeitos moravam junto com a vítima. 

A vítima estava em processo de separação e havia alugado uma chácara há 2 anos, porém, como a casa era muito grande para uma pessoa só, ele convidou um casal para morar com ele. Esse casal, conhecido como Kleber e Alexandra, convidaram Pedro Henrique e Maicon, ambos de 18 anos, para também morar com eles. 

Acreditando que a casa pertencia ao pedreiro, os quatro novos moradores da chácara armaram um plano macabro para se livrar de Reginaldo e ficar com o imóvel. Alexandra passou a seduzir a vítima com a intenção de que seu marido pudesse entrar em uma luta corporal com o homem.

O plano dos suspeitos teve resultados: Kleber e o pedreiro se desentenderam e iniciaram uma luta corporal. Pedro Henrique e Maicon, conforme combinado, entraram no meio da briga, elevando a proporção das agressões e usando uma enxada no ataque ao homem. 

A vítima, ainda viva, foi colocada em um carrinho de coleta de recicláveis e levada até o final da rua da residência, onde foi abandonada em um barranco. No local, foi dado o último golpe de enxada, e, depois de morto, o homem teve o corpo carbonizado. 

O corpo de Reginaldo foi encontrado às margens de uma rodovia, na divisa de Itapevi com São Roque. A ex-companheira do pedreiro fez o seu reconhecimento no Instituto Médico Legal (IML), dando início às investigações. 

Antes de Reginaldo ser encontrado, a sua ex-mulher chegou a ir à chácara em busca dele, visto que, mesmo separados, ele costumava visitar a casa da ex. Depois de ele ficar dias sem aparecer, ela, desconfiada, foi até o imóvel e questionou os suspeitos, que alegaram que Reginaldo havia ido para outro estado. 

A polícia encontrou imagens de câmeras de segurança nas quais Kleber, Pedro Henrique e Maicon são vistos empurrando um carrinho de mão e, logo depois, aparecem sinais de fogo na filmagem. Os suspeitos foram identificados e presos. Posteriormente, Alexandra também foi detida. 

De acordo com a delegada Bruna Madureira, os três primeiros detidos se mostraram frios e confessaram o crime. A mulher também se demonstrou impassível, aparentando calma ao entrar e sair da viatura, o que fez sem nenhum tipo de resistência.

A delegada também informou que a vítima levou diversos golpes na cabeça e teve os pés e as mãos amarrados. A investigação apurou que a motivação do crime foi a disputa pelo terreno da chácara. Os suspeitos acreditavam que o imóvel pertencia à vítima e mataram o pedreiro a fim de ficar com a casa. Porém, o lugar era alugado, sendo demolido após o crime. 

Os quatro suspeitos irão responder por homicídio doloso qualificado por motivo fútil. Apenas um deles possuía passagem pela polícia, por tráfico de drogas.

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