Após oito meses de investigação, a Polícia Civil revelou os detalhes do roubo que subtraiu quase R$ 1 milhão de uma agência bancária em Suzano, na Grande São Paulo, entre os dias 25 e 26 de novembro de 2023. O roubo durou cerca de 10 horas e foi minuciosamente planejado pelos assaltantes.
Segundo as investigações, a quadrilha contou com cinco homens para realizar a operação. Dois deles se fantasiaram de eletricistas e cortaram os cabos de energia elétrica da agência bancária. Com isso, o alarme e as câmeras de segurança do estabelecimento foram desligados.
Paralelamente, outros dois suspeitos se disfarçaram de moradores de rua e ficaram em frente à agência, monitorando o local. Eles sabiam que, com o corte de energia, a central do banco iria enviar um vigia para a agência. Assim, aguardaram a chegada desse funcionário para rendê-lo e efetuar o roubo do dinheiro.
Os assaltantes apuraram que levaria horas até o restabelecimento da energia, então agiram com calma, durante toda a madrugada. Eles entraram na agência pelos fundos e usaram um gerador para ligar um maçarico, o qual foi empregado para abrir o cofre do banco e retirar o dinheiro. O crime só foi descoberto no dia seguinte, quando o grupo já havia fugido, com quase R$ 1 milhão.
Oito meses depois, a polícia anunciou a identificação de alguns dos suspeitos envolvidos. Os irmãos Davi e Denilson Targino foram registrados por câmeras de segurança da região e presos. O chefe da quadrilha foi identificado como Alexandre Oliveira Moraes, conhecido como “Careca”. Ele foi preso após ser filmado em um outro assalto semelhante, e acabou sendo reconhecido pelo vigia rendido na agência. Também foram descobertos os suspeitos Alan Justino e Izaías de Souza, este sendo um cabo da Polícia Militar, que atuava como informante.
Um dos assaltantes disfarçados de moradores de rua ainda não foi identificado. Além disso, a polícia suspeita que a quadrilha conte com outros seis integrantes. Os envolvidos devem responder por roubo, organização criminosa, lavagem de dinheiro e porte de arma. O dinheiro roubado segue desaparecido.
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Por Isabel Bergamin Neves
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