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imagem ilustra a vítima e o carro com as manchas de sangue.

No dia 16 de setembro, um laudo pericial confirmou que os vestígios de sangue encontrados no carro onde Cláudia Regina da Rocha Lobo foi vista pela última vez são dela. A mulher era secretária executiva da Associação de Pais e Amigos de Excepcionais (Apae) de Bauru, em São Paulo, e desapareceu no dia 06 de agosto.

Essa informação se soma à investigação que aponta o presidente da Apae, Roberto Franceschetti Filho, como autor do assassinato da secretária. 

No dia do desaparecimento, Cláudia saiu da sede da entidade sem documentos e celular, levando apenas um envelope. Na manhã seguinte, o carro que ela dirigia, um GM Spin branco, foi encontrado. Dentro do veículo, além dos vestígios de sangue, foi identificado um estojo deflagrado de pistola.

Em depoimentos iniciais, o presidente da associação tentou incriminar um parente de Cláudia, que está preso. Roberto alegou que a secretária vinha pedindo altos valores emprestados da associação, que supostamente serviriam para pagar dívidas desse parente dela.

Na casa da filha de Cláudia, as autoridades encontraram R$ 10 mil em espécie. Porém, diferentemente do que foi relatado por Roberto, a polícia descobriu que o dinheiro seria oriundo de um esquema de desvio de verba, orquestrado por ele e pela mulher.

No dia 14 de agosto, foram descobertas novas imagens de câmeras de segurança do dia do desaparecimento. Os registros mostram a secretária saindo do carro e entrando no banco traseiro, até que Roberto aparece e assume a direção. Antes de deixar o local, o veículo fica parado por alguns minutos, momento em que a polícia acredita que o assassinato tenha ocorrido.

Durante uma busca na casa do presidente da associação, foi encontrada uma pistola do mesmo calibre dos estojos presentes no carro da secretária, e exames balísticos posteriores confirmaram que os estojos foram de fato deflagrados pela arma de Roberto.

Com isso, o homem foi preso e acabou confessando o assassinato, contando que incinerou o cadáver de Cláudia e indicando a localização dos restos mortais dela. Em seguida, a polícia ainda identificou a participação de um funcionário do almoxarifado Apae no crime, Dilomar Batista, que admitiu ter ajudado Roberto na ocultação do cadáver.

No local apontado pelos dois suspeitos, foram encontrados os óculos da secretária e fragmentos de ossos, que estão sendo submetidos a exames de confirmação de identidade.

Em novos depoimentos, o presidente da Apae voltou atrás e negou a autoria do crime, mas a polícia continua direcionando suas suspeitas para ele. Segundo a investigação, a motivação do assassinato está ligada ao esquema de desvio de verba praticado pela vítima e pelo suspeito. 

Roberto permanece em prisão preventiva, enquanto Dilomar responde em liberdade. O caso segue sob investigação.

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Por Isabel Bergamin Neves
Contato: maimoreira@newsic.com.br

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