A execução do serial killer Thomas Eugene Creech, de 73 anos, foi interrompida no dia 28 de fevereiro, após a equipe médica responsável pela injeção letal não conseguir, após oito tentativas, encontrar uma veia para administrar o veneno.
O criminoso é uma das pessoas condenadas à morte que está há mais tempo na prisão no estado de Idaho, nos Estados Unidos. O homem cumpre pena há 50 anos pelos assassinatos que cometeu.
A equipe responsável pela execução, formada por voluntários não identificados, tentaram encontrar veias nos braços, nas pernas, nas mãos e nos pés do condenado. Cerca de uma hora depois, a execução foi suspensa. Esta seria a primeira execução em 12 anos no estado.
Durante as tentativas de encontrar as veias, Creech olhou diversas vezes para seus familiares, que estavam sentados em um cômodo ao lado.
A defesa do condenado entrou na Justiça com o pedido de suspensão da execução, afirmando que “a tentativa de execução terrivelmente mal feita” prova a “incapacidade do departamento de realizar uma execução humana e constitucional”.
A suspensão foi concedida pelo Tribunal, e, se o estado quiser prosseguir com a execução do homem, terá que obter outro mandado da Justiça.
Creech foi condenado por 5 assassinatos em três estados, sendo 3 dos homicídios cometidos em Idaho. Além disso, ele é suspeito em outros crimes, chegando a admitir, à época de sua prisão, ter participado na morte de 26 pessoas, mudando sua versão sobre o número de vítimas ao longo do tempo.
Em 1981, já em detenção, ele espancou até a morte, usando uma mala cheia de baterias, o seu colega de cela, David Dale Jensen, de 23 anos.
Em seu pedido de clemência, negado em uma votação de 3 a 3 pela Comissão de Perdões e Liberdade Condicional de Idaho em 29 de janeiro, uma ex-enfermeira da prisão, um ex-promotor, guardas prisionais e o juiz que sentenciou Creech à morte apresentaram declarações apoiando a sua solicitação.
O juiz Robert Newhouse, do Quarto Tribunal Distrital Judicial de Boise, responsável por condenar Creech à morte em 1983, disse em sua declaração à comissão que o homem deve cumprir pena pelo resto de sua vida, mas executá-lo seria “apenas um ato de vingança”.
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Por Mai Moreira
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