Kevelin Sofia Pereira, de 10 anos, foi encontrada morta por um pedreiro que chegava para trabalhar em uma obra na rua Sebastião Machado, no Jardim Itaguaçu 2, em Campinas, no dia 30 de março. A menina foi vista com vida pela última vez no dia 29, às 11h12min, enquanto comprava refrigerante em uma adega a 100 metros de sua casa.
Câmeras de segurança da adega registraram o momento em que a menina chega ao local. Ela adentra o comércio às 11h11min, é atendida, mostra um cartão, faz o pagamento por aproximação, pega o comprovante e sai às 11h12min.
Como a menina não retornou para casa, a família realizou buscas por ela, porém sem sucesso. A mãe de Kevelin registrou um Boletim de Ocorrência (BO) de desaparecimento na noite do dia 29, informando à polícia que a menina havia saído apenas para buscar o refrigerante.
Após o corpo da vítima ter sido encontrado, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros foram acionados. Os agentes identificaram que o cartão utilizado pela menina não estava junto à vítima. Os policiais ouviram testemunhas, vizinhos e familiares da criança, que apontaram um morador local como suspeito.
Após os relatos, a Polícia Civil foi colher o depoimento de Fernando Silva dos Santos, de 32 anos, que foi preso em flagrante e confessou o crime. Inicialmente, o homem negou ter envolvimento no caso, porém, após entrar em contradição, admitiu e indicou o local onde estavam as roupas da menina e a marreta que utilizou para matá-la. A suposta arma do crime foi apreendida e encaminhada à perícia.
O suspeito chegou a iniciar a escavação de uma cova para enterrar a vítima. Ele possui antecedente criminal por um estupro cometido em Sumaré (SP), em 2017, tendo cumprido parte da pena na Penitenciária de Sorocaba (SP) e estando em regime aberto desde 2021.
O criminosos foi encaminhado à Justiça, e o caso segue em investigação pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Campinas, que busca confirmar a hipótese de que o homem agiu sozinho.
A família da vítima reclama da atuação policial e alega que recebeu a informação de que deveriam esperar 24 horas para registrar a ocorrência. Foi informado que a vítima será velada no estado do Maranhão, porém os parentes buscam ajuda para custear o enterro.
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Por Mai Moreira
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