Laísa do Nascimento, de 26 anos, foi vítima de um atentado contra a sua vida no dia 12 de janeiro deste ano. Recentemente, ela afirmou que conseguiu sair com vida porque teria “sentido” um homem falando para ela se fingir de morta, pois assim os criminosos iriam parar o ataque.
O caso aconteceu em Juazeiro do Norte (CE), após Francisco Jonhnatan Alves e Silva, de 38 anos, e Savana Silva de Oliveira, de 24 anos, contratarem Carlos Alberto Evangelista, de 42 anos, Marcelo Barbosa de Almeida, de 25 anos, e José Pedro das Chagas, de 31 anos, para assassinar Laísa.
A motivação do crime foi a tentativa de Francisco e Savana de se livrarem de uma dívida trabalhista de R$ 10 mil com a vítima. Laísa recebeu diversas facadas e ficou internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional do Cariri (HRC), recebendo alta após duas semanas.
“Na hora que eles entraram, desconfiei. Pensei que era roubo. Lembro que eles perguntaram se tinha roupa que desse para as namoradas deles. Quando vi que eles iam fazer uma coisa, voltei. Aí ele puxou, tapou a boca e falou: ‘Perdeu’. No meio da situação em que estava revidando, senti um homem falando comigo: ‘Pare, finja que morreu que eles vão parar’. Aí eu fingi”, contou Laísa.
Segundo a vítima, ela não sentiu medo, apenas ficou assustada por estar passando por aquilo. Ela afirma que, se não fosse mulher, aquilo não teria acontecido com ela: “Se sentiram confiantes em fazer porque sou mulher”, desabafou ela.
A vítima convive com sequelas dos ferimentos e busca recuperar os movimentos de um dos braços e uma das pernas. No momento, ela recebe auxílio de uma equipe multidisciplinar e vende rifas para conseguir arcar com os custos do tratamento.
Os mandantes do crime foram presos em 15 de janeiro, assim como os demais participantes da ação. O Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) informou por meio de nota que a denúncia foi aceita pela Justiça, de forma que todos os acusados já são réus pelo crime e apresentaram resposta à acusação.
Atualmente, devido a uma preliminar apresentada por um dos suspeitos, o processo aguarda um parecer do Ministério Público para prosseguir. Ao ser perguntada o que pensa dos mandantes do crime, Laísa diz: “Sinto pena [dos envolvidos], porque perderam a vida”.
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Por Mai Moreira
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